Se futebol é momento, hoje não consigo ver três times que estejam jogando pior que Inter e Grêmio neste Brasileirão. Sério, me dei ao trabalho de analisar um por um dos vinte clubes e cheguei a esta conclusão.
Baseado nisso, você já deve ter entendido aonde quero chegar: nosso futebol medíocre pode estar levando os dois para a Série B. Amanhã é outro dia, mas a realidade, hoje, é essa. E você não vai me convencer do contrário. Até porque, imagino, deve estar concordando comigo.
O grande problema aqui no RS, e tem gente que ainda não percebeu isso, é a mesquinharia que envolve a dupla Gre-Nal. E quando cito mesquinharia, me refiro a ambos analisarem apenas o vizinho, o entorno. Se aqui tá ruim e do lado de lá tá pior, “tá tudo certo”.
Nossa zaga tá ruim, mas a deles tá pior. Podemos até estar fazendo poucos gols, mas temos mais gols que eles. Não ganhamos nenhuma em casa. E daí? Eles também não ganham. Para que ser campeão se lá eles estão na fila também? Tem protesto aqui, mas lá fizeram ontem.… “Tá tudo certo”. E assim continuamos nos apequenando.
O importante é tentar ser melhor que o outro. Só isso. Ou menos pior, no caso atual. Se a gente cair, mas eles também, nosso problema será menor. “Tá tudo certo”. Pensar em evoluir parece ser difícil, o negócio é estar em uma crise menor que o lado de lá. Até quando isso, turma?
Quero estar enganado, mas acho que neste sábado teremos um clássico de arder os olhos. Mas vai ser pegado, dirão algumas pessoas. Até aí, tudo bem, isso é histórico por aqui. Mas e a qualidade? E aquele placar de 3 a 3? Ou a vitória de alguém em um jogo de alta intensidade, no 220? Há quanto tempo não vemos isso?
É como citou um amigo em um grupo de WhatsApp: “para o bem de todos, esse Gre-Nal deveria ser sem bola”. Vou ser honesto: apesar de vários “kkkkk”, não sei se ele não tem razão.
Enquanto essa pequenez estiver impregnada nas paredes da Arena e do Beira-Rio, a turma lá de cima vai continuar passando o carro em cima da gente. Como foi na quarta-feira, por exemplo, quando ambos deram mais um claríssimo sinal de que a Segundona não é tão longe, assim.
