Muito já se ouviu falar nestas duas definições, e mesmo assim muito ainda se confunde entre as duas. Inicialmente é preciso dizer que no mundo atual, com os processos de desenvolvimento tecnológico e para utilização diária do que as novas tecnologias têm a trazer para a nossa sociedade, fica inseparável a necessidade de transporte de produtos que, na forma em que se apresentam, são nocivos ao ser humano ou ao meio ambiente, ou sejam, na forma em que estão, fazem mal, e alguns até são letais. Mas precisam ser transportados diariamente pelas nossas rodovias e vias públicas, bem diante dos nossos olhos, mas muitas vezes nem percebemos.
Abordando então o que seria uma carga perigosa. É, em síntese, qualquer produto transportado, que na forma de seu acondicionamento, gera risco para o transportador ou as pessoas, animais e demais veículos ou vias ao redor. Carga perigosa pode ser qualquer coisa transportada fora das especificações, seja por estar mal amarrada, solta, ou mesmo soltando pedaços, por exemplo, uma carga de lenha que não foi amarrada direito, da qual caem pedaços na estrada. Ou uma carga que não foi amarrada direito e que está pendendo para algum lado, ameaçando cair ou mesmo tombar o caminhão.
Carga perigosa pode ser ainda uma carga de pedras, ou tijolos soltos. Ou ainda uma carga de toras, sarrafos, tábuas ou mesmo tubos, que não estejam respeitando a forma correta de acondicionamento, que em eventual colisão simples do caminhão, possam ser projetados para frente, sobre a cabine, ou mesmo sobre pista e demais veículos. E tenho certeza que todos já ouviram histórias sobre esse tipo de situações que acabaram resultando em acidentes mais gravosos do que o acidente em si mesmo. Então reforço a responsabilidade e o zelo que que transporta deve ter.
Carga perigosa pode ainda ser o transporte irregular de produtos perigosos, que se transportados dentro da regulamentação específica e rígida, se tornam em um transporte extremamente seguro.
O que são produtos perigosos? São produtos e substâncias que, em si, representam risco químico, físico e ou biológico. Mas são extremamente necessários para o dia a dia de hospitais, indústrias, mineradoras, obras viárias, agricultura, construções, processamento de alimentos, besta estar das pessoas, e assim por diante. Ou seja, são substâncias que precisamos na vida moderna. E o transporte delas precisa ser feito com extremo cuidado e zelo. Os veículos que transportam algum tipo de produto perigoso devem estar identificados com placas laterais e traseiras, bem como dianteiras, informando tal condição, e que possuem uma numeração específica, que dá o código do produto perigoso e um número de risco. São chamados painéis de segurança. Este código é chamado de número da ONU ou código ONU, composto de 4 dígitos, e tem como objetivo diferenciar e indicar os produtos transportados. Muito cuidado ao se aproximar de um acidente com veículo que possua estas placas, pois pode tratar-se de algum explosivo, gás venenoso, elemento corrosivo, inflamável, etc. O ideal é conseguir identificar de longe, e informar às autoridades de segurança, como bombeiros, polícia e defesa civil, antes de se aproximar.
Para citar alguns exemplos de tipos de elementos transportados, podemos citar: gasolina; diesel; álcool; hidrogênio (tubos rosas altamente explosivos); defensivo agrícola; acetileno; sólidos inflamáveis como magnésio metálico e celuloide; carvão e algodão não processado (podem entrar em combustão espontânea); produtos que emitem gases inflamáveis quando em contato com água (carbureto de cálcio); corrosivos como ácido sulfúrico; substâncias radioativas, etc. Todo cuidado é necessário. Bem transportados, dentro das normas, são muito seguros.
