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De volta ao passado
O amor pela leitura que se tornou profissão
Aos oitos anos, Isabela já havia lido mais de 400 livros e, hoje, é jornalista
Por: Mariane Brandão
Publicado em: terça, 13 de abril de 2021 às 16:09h

Incentivada desde pequena a criar hábitos diários de leitura, a jornalista Isabela Vanzin da Rocha, de 22 anos, tornou-se personagem principal de uma reportagem do jornal O Alto Uruguai, em 2006, quando tinha apenas oito anos de idade. Naquela época, Isabela conquistou o marco de ter lido mais de 400 livros, sendo também a bicampeã da categoria “Contação de Histórias”, na Feira do Livro de Frederico Westphalen.

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Anos depois, Isabela, que se formou recentemente em Jornalismo, pela UFSM-FW, garante que o hábito da leitura na infância foi um fator essencial para que ela escolhesse, mais tarde, a sua profissão. 

– Quando eu era pequena, gostava de ler histórias ficcionais, mas quando meus livros acabavam e eu não podia comprar novos, eu lia o jornal e até mesmo bula de remédio. O incentivo à leitura veio da minha família, assim como a compreensão da importância da imprensa ao exercer a manutenção da democracia e da informação, então tudo sempre caminhou junto – destaca Isabela. 

Interesse pelos livros e letras

Despertar a imaginação, a criatividade e melhorar a aprendizagem são algumas das inúmeras vantagens de introduzir a leitura na rotina da criança nos anos iniciais de estudo. Com a Isabela, o interesse pelos livros e letras começou também desde cedo e lhe rendeu o destaque em outros eventos culturais no município. Quando criança, a menina participou do 5º Simpósio Nacional de Educação, 6º Curso Pedagógico de Amigos do Saber e 3º Encontro de Professores de Educação Física da Amzop, realizado na URI, em julho de 2006, quando contou a história “A centopeia que sonhava”, para um público de mais de 1,5 mil pessoas. “A leitura é definitivamente essencial, além de ser um dos meus hobbies favoritos é também algo necessário nos meus estudos e no meu trabalho”, afirma Isabela. 

Aos oito anos, Isabela estudava na Escola Cardeal Roncalli, em FW, e também já inspirava outros colegas. Em casa, a menina colecionava um acervo com mais de 300 livros infantis, distribuídos entre prateleiras e no guarda-roupa.

Acho que, assim como qualquer outro exercício de estudo, a leitura deve ser tirada do local de elitização em que foi colocada. A leitura deveria ser um direito de todos, e infelizmente no Brasil ainda há um alto nível de analfabetismo, um dos fatores que leva a população a enxergar a leitura como algo erudita. Mas a leitura está em tudo. No letreiro da farmácia, nas etiquetas do supermercado, no jornal recebido pelas manhãs e no aplicativo de mensagens no celular. A leitura só traz benefícios, e acredito que o primeiro passo de construir o hábito de leitura é perceber que ela é algo humano e próximo da nossa realidade – garante Isabela. 

Inspiração para contar histórias

Apaixonada desde pequena por grandes histórias, Isabela criou o Instagram “Humanos de FW” (@humanosdefw), voltado a entrevistar e fotografar moradores do município, oferecendo voz a essas pessoas, independentemente de quaisquer diferenças sociais e econômicas. A página surgiu como inspiração de uma outra conta na rede social, "Humans of New York", que Isabela acompanha desde que era bem novinha.

– Quando conheci a página, já tive vontade de reproduzir aqui em minha cidade, mas não me sentia preparada para fazer isso. Sempre fui muito tímida, o que foi uma dificuldade que tive que superar com a profissão que escolhi, e também sabia que eu tinha muito a aprender de escrita e fotografia antes de tornar a ideia realidade. Agora, finalmente formada em Jornalismo, me sinto preparada para dar vida a esse projeto que estava engavetado há muito tempo – assegura.

Confira quatro sugestões favoritas de leitura pela Isabela Vanzin da Rocha 

“Demian”, de Hermann Hesse

(Foto: Divulgação)

“Os Miseráveis”, de Victor Hugo

(Foto: Divulgação)

“Os sete maridos de Evelyn Hugo”, de Taylor Jenkins Reid

(Foto: Divulgação)

“Aqueles que se afastam de Omelas”, de Ursula K. Le Guin

(Foto: Divulgação)

Fonte: O Alto Uruguai
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