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Alerta
Falta de soro pode levar a adiamento de cirurgias e fechamento de leitos na região
Fornecedoras alegam falta do produto aos hospitais e municípios, que não conseguem repor estoques
Por: Douglas Cavalini
Publicado em: sexta, 10 de junho de 2022 às 12:47h
Atualizado em: sexta, 10 de junho de 2022 às 12:50h

Uma audiência pública foi marcada pela comarca de Frederico Westphalen do Ministério Público (MP) a partir da grande dificuldade relatada pelos hospitais da região de dar conta de manter abastecidos seus estoques de soro. A reunião, que aconteceu na manhã de sexta-feira, 10, contou com representantes da saúde e administradores municipais além da 2ª Coordenadoria Regional de Saúde.

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De acordo com o MP, o problema foi inicialmente relatado pelo Hospital Divina Providência, de Frederico Westphalen. Segundo a casa de saúde, há grande dificuldade em conseguir o produto com os fornecedores, que tem constantemente alertado para a escassez do produto. Entre os motivos para a falta estão as consequências da pandemia do coronavírus, os reflexos da guerra entre Rússia e Ucrânia e a reserva de mercado.

Além da baixa quantidade ofertada, os preços aumentaram quase cinco vezes. O HDP citou dificuldade de manter em funcionamento especialmente o setor de hemodiálise, que utiliza entre 60 e 70 litros de soro todos os dias. O problema foi confirmado pelos demais hospitais da região, que afirmaram possuir estoque para apenas alguns dias.

A exceção é o Hospital Santo Antônio, de Tenente Portela, que vem recebendo o produto graças à um contrato firmado com uma distribuidora ainda no início do ano. Porém, já há um indicativo de que as entregas possam começar a ter atraso.  

Diante do cenário de dificuldade, a possibilidade do adiamento de cirurgias eletivas e da suspensão de atendimentos de menor risco, além do fechamento de leitos clínicos e de UTIs, é iminente na região. Durante a audiência, ficou definido que os hospitais devem encaminhar ofícios detalhando as dificuldades e seus estoques de soro para a 2ª CRS, que irá alertar o nível central da Secretaria de Saúde (SES) do Rio Grande do Sul que, segundo a pasta, até o momento não havia relato dificuldade de acesso ao produto em outras localidades.

O MP também formalizou pedido de esclarecimentos junto à SES, solicitando respostas rápidas sobre o tema para evitar que a situação se agrave ainda mais nas próximas semanas.
 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai.
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