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Saúde
Mobilização alerta para riscos da automedicação com antibióticos
Infecções de bactérias resistentes são mais comuns e preocupantes
Por: Joana Kraemer
Publicado em: quinta, 18 de novembro de 2021 às 09:12h
Atualizado em: quinta, 18 de novembro de 2021 às 09:13h

A Semana Mundial de Conscientização Microbiana começa nesta quinta-feira,18, e a Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp) chama a atenção para a automedicação com antibióticos e como isso pode fortalecer bactérias, favorecendo infecções cada vez mais resistentes a remédios. As infecções de bactérias muito resistentes são mais comuns e preocupantes.

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Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), relativos a 2019, a cada ano 700 mil pessoas morrem por esse tipo de infecção. Até 2050, a estimativa é que esse tipo de problema possa resultar na morte de até 10 milhões de pessoas. Pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizada em nove países europeus, apontou que pessoas com o hábito de utilizar antibióticos por conta própria acreditavam que estavam se prevenindo de infecções.

Segundo a Sobrasp, apesar de ser necessária uma receita para comprar antibióticos, muitas pessoas não utilizam a integralidade do remédio e acabam guardando para empregá-lo em outras situações, como no caso de uma gripe. Contudo, conforme a entidade, 90% dos casos de rinosinusites são causados por vírus e não demandam o uso de antibiótico para o tratamento.

Fortalecimento de bactérias

A Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente ressaltou a importância de os profissionais de saúde realizarem um diagnóstico preciso a partir de avaliações clínicas. Ela pondera que a dificuldade de acesso a condições nas unidades de saúde para a realização de exame e consultas pode alimentar um cenário de automedicação. Segundo a Sobrasp, para evitar atitudes que possam fortalecer de alguma maneira a resistência microbiana é importante não utilizar antibióticos mais do que o prescrito pelos médicos.

Outra recomendação é não usar sobras de antibiótico, a não ser que essa aplicação tenha sido recomendada por um médico para uma nova condição de saúde. A Sobrasp afirmou, ainda, que o ato de tomar medicamentos deve ocorrer a partir da indicação médica, e não de familiares, amigos ou conhecidos. 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai, com informações Agência Brasil
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