A morte do empresário e apresentador, Silvio Santos, foi confirmada no sábado, 17, causando especulações do que teria ocasionado esse fato. Segundo nota divulgada pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo, ele estava internado, a morte foi em decorrência de uma broncopneumonia após infecção por Influenza (H1N1).
Ainda de acordo com a nota da casa de saúde, ele deu entrada na unidade no dia 1º de agosto, para realizar exames que não podiam ser feitos em casa, e ficou internado por 17 dias. Em julho, o empresário teve um quadro de H1N1.
A broncopneumonia, que teria agravado o seu quadro de saúde, é uma inflamação que afeta as estruturas internas do pulmão, como bronquíolos, brônquios, alvéolos e, em alguns casos, a pleura. Essa condição pode ser causada por vírus, como o H1N1, fungos ou bactérias.
Ela é mais comum em idosos, que são mais suscetíveis a desenvolver formas graves da doença, incluindo complicações como abscessos pulmonares, acúmulo de pus entre os pulmões e a parede torácica, infecções generalizadas, insuficiência respiratória e lesões pulmonares severas. Essa maior vulnerabilidade está relacionada à imunossenescência, que é o enfraquecimento gradual do sistema imunológico devido ao envelhecimento.
Além disso, a gripe pode agravar outras condições de saúde, como hipertensão e diabetes, dificultando a recuperação.
Tipos de pneumonia
Viral: causada por vírus. A gripe (vírus influenza) e o resfriado comum (rinovírus) são as causas mais comuns de pneumonia viral em adultos. A broncopneumonia de Silvio Santos foi, justamente, causada pelo vírus da influenza (H1N1). O vírus sincicial respiratório (VSR) é a causa mais comum de pneumonia viral em crianças pequenas. Muitos outros vírus podem causar pneumonia, incluindo SARS-CoV-2, o vírus que causa o Covid-19.
Bacteriana: é causada por vários tipos de bactérias, mas, principalmente, pelo pneumococo.
Fúngica: mais comum em pessoas com problemas crônicos de saúde ou sistema imunológico enfraquecido e em pessoas que inalaram grande quantidade de fungo. Os fungos que causam a doença podem ser encontrados no solo ou em fezes de pássaros, como pombos.
Sintomas e tratamento da broncopneumonia
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os principais sintomas da broncopneumonia incluem tosse com secreção (às vezes com sangue), febre alta (podendo chegar a 40°C), calafrios, falta de ar e dor no peito ao respirar. O tratamento consiste em anti-inflamatórios, antibióticos (se a causa for bacteriana), medicamentos para aliviar os sintomas e fisioterapia respiratória.
Em casos graves, pode ser necessária a internação hospitalar, pois a broncopneumonia pode ser fatal. Se uma pessoa apresentar febre alta, dor no peito ou dificuldade para respirar, é crucial buscar atendimento médico, especialmente em casos de crianças, idosos, pacientes imunodeprimidos ou com doenças crônicas.
O diagnóstico é feito com base no histórico do paciente, exame clínico, raio-X de tórax e, se necessário, exames adicionais para identificar o agente causador.
Prevenção
A prevenção da broncopneumonia envolve práticas simples, como lavar as mãos, evitar o tabagismo e aglomerações. A vacinação contra a pneumonia pneumocócica pode prevenir formas mais graves da doença.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacina contra a gripe (Influenza A ou H1N1) pode reduzir as hospitalizações por pneumonia entre 32% a 45% e diminuir a mortalidade global entre 39% a 75%.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que grupos mais vulneráveis, como gestantes, puérperas, crianças de seis meses a um ano, profissionais de saúde, doentes crônicos, pessoas privadas de liberdade e pessoas com 60 anos ou mais, sejam vacinados.
Para os idosos, a vacinação contra a gripe pode reduzir em cerca de 60% o risco de pneumonia e diminuir em 50% a 68% o risco de hospitalização e morte.