Publicidade
Caso Bernardo
Justiça mantém a condenação de Leandro Boldrini
Ele foi condenado a uma pena de 31 anos e oito meses de prisão pelo homicídio do filho no ano de 2014, em FW
Por: Márcia Sarmento
Publicado em: sexta, 01 de março de 2024 às 08:28h
Atualizado em: sexta, 01 de março de 2024 às 08:35h

Em julgamento que ocorreu entre o dia 23 de fevereiro e a quinta-feira, 29 de fevereiro, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) negou recurso da defesa de Leandro Boldrini, mantendo a condenação dele em um segundo júri realizado em março de 2023. A defesa do réu alegava ocorrência de nulidades no julgamento.
Na sentença, proferida há quase dois anos, o pai do menino Bernardo havia sido condenado a uma pena de 31 anos e oito meses de prisão pelo homicídio do filho no ano de 2014, em Frederico Westphalen. 

Publicidade

A promotora de Justiça, Lúcia Helena Callegari, que atuou neste segundo júri, ressalta que o julgamento anterior transcorreu de forma regular, sem nenhum problema, e o TJRS confirmou a decisão. “Nós precisamos dar um final a este processo que se arrasta por tempo demasiado. Foi mantida a responsabilidade de Leandro Boldrini no assassinato do filho. Justiça feita e a sociedade, neste caso, sai engrandecida”.

Julgamentos anteriores

O segundo julgamento foi realizado porque o primeiro, ocorrido em 2019, foi anulado no final de 2021, quando a Justiça considerou que houve quebra da paridade de armas (ou seja, igualdade de tratamento entre as partes do processo) durante o interrogatório do réu. 

Há quase cinco anos, Boldrini havia sido condenado a 33 anos e oito meses de prisão — 30 anos e oito meses por homicídio, dois anos por ocultação de cadáver e um ano por falsidade ideológica.
Também foram condenados: Graciele Ugulini (34 anos e sete meses de reclusão), madrasta de Bernardo, e ainda Edelvania Wirganovicz (22 anos e 10 meses) e Evandro Wirganovicz (nove anos e seis meses).

O crime

O corpo de Bernardo, que tinha 11 anos, foi encontrado em Frederico Westphalen, após 10 dias do desaparecimento do menino. Ele morava com o pai, a madrasta e uma meia-irmã, de um ano, no município de Três Passos. O caso gerou revolta em todo país. A criança foi dopada e morta, sendo enrolada em um saco plástico e enterrada em uma cova em um matagal.
 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai, com informações do MPRS
Vitrine do AU