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Desmatamento
Mais de 2,4 hectares de Mata Atlântica são desmatados em Vicente Dutra
Flagrante ocorreu em três áreas distintas de uma mesma propriedade
Por: Márcia Sarmento
Publicado em: terça, 12 de dezembro de 2023 às 14:56h
Atualizado em: terça, 12 de dezembro de 2023 às 14:59h

O 3º Batalhão Ambiental da Brigada Militar (BABM), com sede em Frederico Westphalen, registrou um caso grave de desmatamento na região na segunda-feira, 11. O flagrante aconteceu em Vicente Dutra, onde 24.832 metros quadrados de floresta nativa foram derrubados.

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A destruição da vegetação nativa foi constatada em três áreas distintas, em uma mesma propriedade, no interior do munícipio. O crime ambiental foi flagrado por meio de georreferenciamento e de levantamento fotográfico dos locais.

Segundo a polícia ambiental, o proprietário da terra não tinha licença ou autorização do órgão ambiental competente para realizar a intervenção. Assim, o responsável responderá pelo crime ambiental, pois infringiu o artigo 38-A da Lei 9.605/98, cuja pena varia de multa e/ou detenção, entre um e três anos.

Os 2,4 hectares de Mata Atlântica destruídos equivalem a mais de dois campos de futebol. O bioma, que é uma das florestas tropicais mais ameaçadas do mundo, atualmente está presente entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Sul, com apenas 7% de sua área original.

Treze campos de futebol

Vicente Dutra é a quarta cidade do norte gaúcho que registra a destruição de Mata Atlântica em menos de um mês. Quando somada a Liberato Salzano, Soledade e Maximiliano de Almeida, a área desmatada ultrapassa os 141 mil metros quadrados, ou mais de 13 campos de futebol oficiais.

O desmatamento florestal e o uso irregular do solo são crimes ambientais e causam diversos impactos ao meio ambiente, prejudicando a biodiversidade e contribuindo para as mudanças climáticas. Uma das ferramentas que tem auxiliado no combate a essa prática é a plataforma MapBiomas, que emite alertas para o BABM.

O MapBiomas é alimentado por uma rede colaborativa, formada por ONGs, universidades e startups de tecnologia, que fazem o mapeamento da cobertura e uso da terra, monitorando a superfície de água e cicatrizes de fogo mensalmente com dados a partir de 1985.
 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai, com informações de GZH
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