Celebraremos neste domingo, 60 anos de vida sacerdotal do Pe. Guido Lôndero. Quando um casal completa 60 anos de vida matrimonial, festeja bodas de diamante. Pois o Pe. Guido comemora bodas de diamante, pois são 60 anos de ‘casório’ com a Igreja. Os padres deixam a sua família para se dedicar às nossas. E se lermos a fundo o Antigo Testamento, Deus mandava dedicar o primogênito ao serviço do templo. Se isto fosse cultivado hoje, presenciaríamos uma revolução social. No entanto, está lá escrito. Nossa gratidão ao Pe. Guido e a todos os sacerdotes. Pena que a festa das bodas sacerdotais de diamante ocorra no mesmo dia da Festa da Capela de Santo Inácio, sempre muito concorrida e festejada pela Cidade inteira.
Numa das recentes homilias, nosso Bispo Dom Antônio Carlos contou que recebeu inédito telefonema de um padre seu amigo, do Norte da Itália, comunicando que “em dez anos, não tinha celebrado nem um batizado e nem uma Primeira Comunhão, na sua paróquia”. A notícia explodiu como uma bomba dentro da catedral. Muitos fiéis se entreolharam estupefatos, não acreditando ou não entendo. Dez anos? Logo, na Itália, o país, coração do Cristianismo?!
Em todas as paróquias da Diocese, cada ano, centenas de crianças são batizadas e outras tantas recebem a Primeira Eucaristia. E imaginar que numa paróquia da Itália, durante dez anos, nenhuma criança, pela água purificadora do Batismo, se tornou Filha de Deus! Isto é inconcebível. É de se perguntar: o que estará fazendo o Pároco, o que estará fazendo o Bispo? O que estará fazendo o Papa? O Profeta Jeremias, domingo passado, admoestava: “Ai dos pastores que deixam perder-se o rebanho”. E não vão responder que, durante dez anos, não nasceu nenhuma criança!
Há tempos atrás, numa cidade americana, ocorriam desastres aos borbotões. Alguém escreveu ao Jornal: “Deus abandonou a nossa Cidade”. O jornalista retrucou: “Não, foi a nossa cidade que abandonou Deus”. O Cura d’Ars advertia: “deixai uma paróquia dez anos sem padre, e adorarão os animais”. No fim de semana, a RBS noticiava que 51 cães, resgatados da enchente em POA, estavam sendo embarcados de avião para o Rio, a fim de serem adotados. A atitude, nem de todo errônea, mobilizou o Exército, a Marinha e a Aeronáutica, além dos órgãos de Proteção Animal. Só que, próximos, desabrigados viviam há meses em barracas ao lado do asfalto, por terem sua casa levada pelas águas. A sociedade começa a desmoronar quando o animal é priorizado ao humano. Sempre a Religião ensinou que o Homem é Filho de Deus, e não o gatinho ou cachorrinho de estimação.
CP em 19/7 mancheteia: “Estados registram um estupro a cada seis minutos”. Parece que definitivamente a FAMÍLIA, célula da sociedade, se desmantelou. Quem se preocupa com a preparação dos jovens ao casamento? E é do casamento que surgem as famílias. Rui Barbosa, a maior inteligência nacional, dogmatizava: “A família é anterior ao Estado” – em outras palavras – primeiro a Família, depois a Pátria. E convenhamos: não se visualiza um futuro promissor do cidadão criado à margem do território familiar. Sem falsa modéstia, penso que os párocos do Norte da Itália poderiam fazer um estágio nas paróquias da nossa Diocese!!!
