As surpresas que o futuro nos reserva (parte 2)
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segunda, 01 de novembro de 2021

Na agricultura – Já existe uma máquina que detecta a doença da planta, qual o teor de argila do solo, qual o fertilizante de que necessita, se a vaca está prenhe, o sexo e a idade do bezerro, e se vem acometido de uma possível moléstia. Em muitas localidades proliferam hortas verticais, que ocupam reduzido espaço, com capacidade de produzir alimentos para matar a fome de milhares de pessoas. Necessitam de um mínimo de terra e apenas 5% da água normal, possibilitando um crescimento de 18 horas/dia. Constata-se destarte que a produção não mais depende de tempo bom, isto é, se chover ou não chover, se fizer sol ou não fizer, a influência sobre a roça será mínima. Ao se provar uma fruta ou um legume produzido nestas hortas verticais, não se percebe a diferença no sabor. E de quebra, graças às dosagens do computador, nada vem contaminado pelo famoso agrotóxico.
Carne, leite e ovos artificiais – Graças a incríveis tecnologias já são fabricadas carnes, leite e ovos nos laboratórios. Geneticamente modificados, com células extraídas de troncos de árvores e penas de galinha, acrescentando-se proteínas compatíveis, adicionando-se açúcar e aminoácidos, as bactérias vão “criar” os alimentos. Já estão prontas carnes de qualquer animal e os ovos já podem ser comprados nos supermercados. A comitiva do Blairo Maggi experimentou um hambúrguer, produzido à base de proteínas vegetais e declarou que é difícil perceber a diferença e aparenta ser tão bom quanto aquele feito com carne bovina tradicional. O espantoso é que a venda desta “carne artificial” já é de 60%. 

No leite e na carne podem-se adicionar vitaminas, antibióticos, vacinas e qualquer outro ingrediente que se entender de utilidade. Por exemplo, para uma determinada região da África, em que as crianças estão subnutridas ou sofrem de uma doença generalizada, o remédio poderá estar incluído no “alimento” sob medida certa. Admitem os otimistas radicais que há condições de, em breve, erradicar a fome no mundo e igualmente certas doenças encruadas em determinadas populações.

Muitas destas tecnologias estão sendo aprimoradas. Os cientistas dormem com os olhos nos microscópios e fazem dos laboratórios o seu lar. Já imaginaram uma semente de trigo ou de soja, com uma rentabilidade cem vezes superior às atuais? Ou a descoberta da cura do câncer? Há quem afirme que já existe e somente não foi colocada nas farmácias, porque certos institutos perderiam milhões na venda dos remédios. Inclusive, pode ser fake news, já roda o carro movido à água e eletricidade. Sua demora no lançamento do mercado apenas se deve às bilionárias indústrias do petróleo que veriam seus ativos deteriorados, ou mesmo levados à falência. Só postos de gasolina, quantos milhares seriam obrigados a fechar?

Em todo o caso, existe no mundo, um exército de empresários, principalmente na iniciativa privada, ávidos para colocar no mercado o fruto destas pesquisas, e em escala global. E bilhões de dólares estão disponíveis para agilizar estas invenções. Dizia-se que o século passado abrigava mais invenções que o milênio. Agora, pode-se afirmar que os inventos de alguns anos superam os do século inteiro. (Segue na próxima semana).
 

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