As surpresas que o futuro nos reserva (parte 1)
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segunda, 01 de novembro de 2021

Tendo por cicerone o Dr. Google, entrei na comitiva do Blairo Maggi, ex-governador mato-grossense e um dos maiores representantes do agro brasileiro, e fomos dar uma espiada no famigerado Vale do Silício. É um agrupamento de cidades, no Estado da Califórnia (EUA), onde estão localizadas as sedes das principais empresas de tecnologia do mundo. O nome Silício tem origem na abundância deste elemento químico, matéria-prima para a produção de chips eletrônicos. Aí nasceram a Apple, Facebook, Uber, WhatsApp, Twitter, para citar algumas, e aí moram as maiores fortunas do mundo. Aí florescem as mundialmente conhecidas faculdades de Stanford e Berkeley, para as quais afluem os cérebros mais aquinhoados do planeta. As startups sonham ao infinito, as ideias efervescentes projetam o ilimitado. Parece que neste local começa a se realizar aquele slogan, captado pelo gaúcho Viana Moog, no seu memorável livro “Bandeirantes e Pioneiros” ao descrever a audaciosa mentalidade do americano: “O difícil fazemos logo, o impossível vamos levar ainda algum tempo”. Eis algumas novidades que nos foi dado presenciar:

O carro do futuro – Já em funcionamento em algumas cidades. Não precisa tocar a mão em nada. O carro se dirige sozinho, com chance ZERO de ocorrer qualquer acidente. É sentar, acionar o GPS e desembarcar no local desejado. Quero aqui abrir um parêntesis para falar de um uma bateria para carros elétricos que está sendo construída pela Volks, em parceria com a Toshiba. As células desta bateria são a base de NIÓBIO, o que proporciona um carregamento ultrarrápido, em apenas 10 minutos. A autonomia é consideravelmente superior às atuais. Pequeno detalhe: este elemento é encontrado em abundância, sabem onde? No Brasil. O presidente americano Biden, sabedor disso, para evitar a dependência americana do mineral brasileiro, pretende taxar as nossas exportações, a pretexto das “queimadas brasileiras que afetam o ecossistema...” e mais outras bobagens que certa mídia vomita nos nossos televisores. 

No comércio – Você entra, pega o produto que quiser da prateleira, e quando sai, ele já é debitado no seu cartão de crédito. O Blairo pegou, de propósito, um Halls, colocou no bolso da calça (escondido). Mas ele foi debitado no seu cartão. A máquina reconhece o cliente pelo seu rosto, no momento da entrada no recinto. Conclusão: é impossível roubar alguma coisa. Esta estratégia já está em funcionamento em várias lojas, supermercados e aeroportos. 

Indústria – É neste setor que se operam as maiores transformações. É ali que se constata a real substituição paulatina do homem pela máquina. Robôs fazem o trabalho de centenas de braços humanos, evitando-se o perigo do acidente com pessoal. A máquina não exige INSS, nem indenização e nem aposentadoria. Peças que levariam uma semana para serem fabricadas são fabricadas em um minuto. Já imaginaram a economia na indústria com a dispensa do material humano? E já imaginaram também o desemprego ocasionado pela tecnologia implantada? (Segue na próxima edição).
 

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