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Casa Familiar Rural: há 20 anos formando protagonistas no campo
Durante duas décadas de atividade de formação de jovens agricultores, a CFR já fez a diferença na vida de centenas de pessoas
Por: Redação AU
Publicado em: segunda, 12 de julho de 2021 às 09:15h

No dia 25 de julho, a Casa Familiar Rural (CFR) Santo Isidoro, de Frederico Westphalen, completará 20 anos de atividades ininterruptas. Durante duas décadas de atividade de formação de jovens agricultores, a CFR já fez a diferença na vida de centenas de pessoas, hoje emprendedores rurais, protagonistas do futuro da agricultura familiar. “Sem eles, as pequenas propriedades seriam condenadas ao abandono. Seriam taperas mal-assombradas. O jovem do meio rural, ao vivenciar a dinâmica do processo formativo realizado em alternância – tempos de formação realizados em tempo integral na CFR, combinados com tempos de estudo e de trabalho, realizados na propriedade familiar –, vai, pouco a pouco, superando as limitações históricas da condição de colono tradicional e incorpora um novo jeito de ser colono”, afirma Antônio João Manfio, idealizador da CFR-FW.

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Documentário lembra os 20 anos da CFR-FW
O sábado, 3, foi marcado por muita emoção às centenas de alunos já formados pela CFR-FW, seus familiares, professores e parceiros da instituição. Em seu canal no YouTube, foi lançado um documentário que recorda as duas décadas de história da escola. Quem não conseguiu acompanhar a exibição, ao vivo, poderá assisti-la em quatro partes, que serão postadas a partir deste sábado, 10, na página da CFR no Facebook e no Instagram. Nesta primeira parte, o vídeo trata sobre como foi o início da instituição, com depoimentos dos professores Antonio Manfio e Francisco Trevisan.

Personagens desta história
Lucas Pelegrin, formado em 2009
 “Eu não escolhi a CFR, mas ela me escolheu. Isso, porque quando terminei o ensino fundamental senti que minha vida de estudante já havia acabado. Pensei que era hora de tentar o mercado de trabalho, que estudar não era meu dom, mas o mundo é uma roda-gigante e numa de suas voltas, já aos 45 minutos do segundo tempo, após um convite do meu amigo e vizinho Ricardo, eu fui participar de um estágio de vivência e ver como era a CFR. Fiquei muito feliz pela experiência e aceitei estudar lá. Os próximos três anos foram de aprendizado, amizades e crescimento profissional e pessoal com os colegas e monitores da CFR, que abriu caminho para a graduação em Tecnologia em Agronegócio, mestrado e agora quase finalizado doutorado em Aquicultura em uma universidade federal”.

Daniel Liskoski, formado em 2013
 “A formação na CFR para mim foi muito importante, tanto profissionalmente, como também pessoalmente. Tudo o que nós aprendemos lá conseguimos colocar em prática em nossa propriedade e seguimos aplicando até hoje. Foi uma experiência muito boa para a nossa vida, aprendemos a dialogar, a dividir, entre outras coisas, pois lá dentro vivemos como uma família. Para a atividade agrícola e para o meio rural, a CFR é muito importante, pois o jovem permanece a semana toda na escola aprendendo e depois ele vem para a propriedade e coloca em prática todos os conhecimentos. Muitas vezes, aprendemos assuntos que não temos na prática em nossa propriedade ainda, e isso agrega muito”. 


Luana Padoan, formada em 2014
“Lá na Casa Familiar Rural nós vivíamos como família. Depois que eu me formei, legalizamos a agroindústria de pães, bolachas, cuca, entre outros produtos, para ter mais uma renda, além da bovinocultura de leite. Sinto muita saudade da CFR”.

Ivanir Marion Freo, formada em 2015
“Analisando o desenvolvimento da propriedade se percebe a mudança que a CFR proporcionou. A atividade é praticamente a mesma, mas a qualidade de vida melhorou muito. Quando chegamos no primeiro ano é muito complicado, pois não sabemos nada sobre a nossa propriedade, pois são os pais que fazem a gestão dela. Com o passar dos dias, o aluno vai aprendendo a gostar da propriedade e a montar o projeto profissional de vida, que não é só montado no papel, mas no coração e na família, pois todos pensam juntos a mudança que querem na propriedade. Se não fosse a CFR, nós de repente já teríamos morando na cidade”.


 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai
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