A pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça aumentou, na última sexta-feira, 28 de julho, a pena de Alexandra Dougokenski para 38 anos, cinco meses e 10 dias de reclusão e oito meses de detenção. Além disso, os desembargadores anularam por unanimidade todas as teses que poderiam levar à anulação do júri apontadas pela defesa da réu. A promotora de Justiça, Michele Dumke Kufner, comenta que o Ministério Público recebeu com tranquilidade o resultado do julgamento do recurso interposto.
– Sempre trabalhamos de forma ética, transparente e baseada em fatos amplamente comprovados nos autos. O aumento da pena da Alexandra decorre da correção da aplicação de alguns vetores analisados durante a dosimetria da pena, e reflete a justiça necessária para que a resposta do Estado seja adequada e também para coibir a prática de crimes horrendos como esse. Continuaremos o nosso trabalho, sempre em defesa da vida e da sociedade – disse.
Alexandra foi condenada a 30 anos e oito meses de prisão pelo Tribunal do Júri de Planalto, no dia 18 de janeiro. Depois de três dias de trabalho em plenário dos promotores de Justiça, Michele Dumke Kufner, Diogo Gomes Taborda e Marcelo Tubino, ela foi condenada por todos os crimes pelos quais foi acusada, sendo eles homicídio doloso quadruplamente qualificado (motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima) cometido contra o filho, Rafael Winques, além da ocultação do cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.
