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Caso Rafael
Alexandra Dougokenski é condenada a mais de 30 anos de cadeia
Confira
Por: Douglas Cavalini
Publicado em: quarta, 18 de janeiro de 2023 às 23:01h
Atualizado em: quarta, 18 de janeiro de 2023 às 23:51h

Alexandra Dougokenski foi condenada a 30 anos e dois meses de prisão e seis meses de detenção pelo homicídio de seu filho de 11 anos, Rafael Winques, ocorrido em maio de 2020, em Planalto. A defesa informou que irá recorrer, alegando nulidades no julgamento. A sentença, com o tempo de prisão, foi proferida pela juíza Marilene Parizotto Campagna, na noite desta quarta-feira, 18, no terceiro e último dia do júri que iniciou na segunda-feira, 16, no fórum do município.

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Além do homicídio qualificado, ela também foi considerada culpado pelo conselho de sentença de ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.

Como foi o último dia de júri
O terceiro dia do julgamento foi marcado pelo interrogatório de Alexandra. Ela decidiu não responder aos questionamentos do Ministério Público.
A ré negou a autoria do crime e sustentou que Rafael foi assassinado pelo pai, Rodrigo Winques, numa tentativa de levar o menino para morar com ele. Alexandra disse que assumiu inicialmente a autoria dos fatos para acalmar e dar uma resposta à família, que estava em desespero com o desaparecimento do menino de 11 anos. E afirmou ter sido pressionada pela polícia para dizer que matou o filho.

Chorando, ela lamentou a morte de Rafael. "A minha vida acabou em minutos, se foi. Tiraram a única alegria que eu tinha", afirmou. O interrogatório foi finalizado no início desta tarde. Em seguida, iniciou a fase de debates. Durante 1h30min o MP e a assistência de acusação reforçaram a tese que Alexandra, de forma premeditada, dopou o menino e depois o enforcou com uma corda de varal, escondendo seu corpo na casa ao lado. A motivação teria sido as constantes desobediências de Rafael e o uso excessivo do celular.

Depois, pelo mesmo tempo, a defesa da ré sustentou que foi o pai de Rafael, Rodrigo, que matou o menino. O homem teria chegado na casa da família durante a madrugada, acompanhado de outra pessoa, para tentar levar o menino. Depois de uma discussão, Rodrigo acabou matando Rafael. Os advogados sustentaram que a confissão de Alexandra teria sido feita após tortura psicológica por parte dos policiais. Também defenderam a motivação não era plausível, já que a ré nunca teria agredido os filhos.

 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai.