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Luciane Terezinha de Queiroz
“O amor pela música está em nossa veia familiar”
Por: Suseli Cristo
Publicado em: sexta, 18 de novembro de 2022 às 16:50h
Atualizado em: sexta, 18 de novembro de 2022 às 16:55h

O aprendizado de quem toca acordeon sempre tem uma história ligada à família, uma arte que perpassa os costumes, pois a maioria dos músicos aprenderam a tocar o instrumento por meio de algum parente, amigo ou de forma autodidata. Na vida de Luciane Terezinha de Queiroz, o seu envolvimento também não fugiu à regra, e hoje, aos 35 anos, ela é uma das poucas mulheres da nossa região que lindamente dominam o instrumento, com apresentações que encantam a todas as idades.
– Meu envolvimento com a música começou a partir dos dois anos de idade, cantando. Com seis anos, comecei no acordeon, tocando com meu pai Aldori Queiroz, ao qual tenho muito orgulho e gratidão, meu amigo e parceiro da música. Ele sempre incentivou minhas irmãs e a mim a tocarmos gaita, o que para ele hoje é motivo de muito orgulho, pois seguimos os seus passos – conta Luciane.

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Mantendo as tradições 
Os Queiroz são de uma família tradicional de Seberi. Não tem quem passe pelo município e fale neles sem lembrar do talento que têm. Além dos encontros aos domingos, em aniversários e tantas apresentações por aí, Luciane lembra que eles também mantêm uma tradição há muitos anos.
– A nossa família é tradicional no meio musical da região e também fora do nosso Estado. Quando nos reunimos, não pode sair outra coisa a não ser muita música e alegria. Somos também cultuadores do Terno de Reis, que na nossa região quando um amigo faz aniversário é feito à noite uma serenata para o aniversariante, com versos rimados em quarteto. É maravilhoso levar um pouco desta tradição que já está tão instinta nos dias de hoje. Eu sou apaixonada por esse universo, por ter esse dom de tocar a minha gaita e ver que tantas pessoas ficam felizes em nossas apresentações. Tem sorrisos, que não há dinheiro que pague. É a música que se comunica com a pessoa de alguma forma e transforma os seus sentimentos – destaca Luciane, que além de acordeonista e compositora, também tem formação em Administração. 

Projetos
Luciane já teve um grupo musical, com quem se apresentava, na época ao estilo mais gaúcho, apesar de gostar mesmo do sertanejo. Hoje, ela segue carreira solo, faz apresentações em eventos e com amigas. “Tenho tantas coisas lindas que a música me proporcionou, tantas memórias. Esse mundo artístico é difícil, principalmente para as mulheres, que têm que conciliar família e trabalho, mas o segredo é exercer com amor, nunca desistir dos sonhos, é preciso persistir”, frisa Luciane, que está com projetos que em breve pretende tirar do papel.
– Eu tenho um CD gravado, no estilo gaúcho, com participação do Matte Quente e Grupo Minuano, e o meu pai Aldori. Tenho alguns clipes e fiz participação com Rangel Marques e Rafael, que está no meu canal no YouTube e pode ser conferido. O amor pela música está em nossa veia familiar, e eu não poderia parar com uma história tão linda, por isso pretendo lançar novas músicas e clipes ao longo do próximo ano. Quero trazer novidades, novas histórias em cada toque da minha gaita – finaliza.

Fonte: Jornal O Alto Uruguai
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