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Jaboticaba
Marcos Moraes Antunes é condenado a quase 50 anos de prisão
Segundo a polícia, Antunes matou duas pessoas, entre elas um comissário da policial civil, a mando de Rudinei Teles da Silva, que segue foragido
Por: Douglas Cavalini
Publicado em: sexta, 11 de novembro de 2022 às 11:19h
Atualizado em: sexta, 11 de novembro de 2022 às 11:28h

O ex-atirador esportivo Marcos Moraes Antunes foi condenado a 47 anos e quatro meses de prisão na noite da última quinta-feira, 10, em regime fechado, pelos assassinatos de José Antônio Rocha e do comissário de polícia Fabiano Ribeiro Menezes, ocorridos na noite do dia 16 de maio de 2021, em um bar em Jaboticaba. A sentença foi definida pelo tribunal do Júri, em julgamento realizado no Fórum de Rodeio Bonito.

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A sessão iniciou por volta das 10 horas e contou com a presença de um grande número de policias civis da região, amigos de Menezes. O comissário foi morto após tentar reagir depois dos primeiros disparos de Antunes contra Rocha. Conforme as investigações da polícia, Menezes foi contratado por Rudinei Teles da Silva, conhecido como Boca, para matar Rocha em função de uma rixa política. Boca fugiu após o crime e segue foragido.

O conselho de sentença foi formado por sete jurados, sendo seis homens e uma mulher e a sessão foi presidida pelo Juiz Edvanilson de Araújo Lima. Também atuaram em plenário o Promotor de Justiça Diego Pessi, o Advogado Nelson Martins Magalhães, pela defesa do réu, e o representante da assistência de acusação, André Luiz da Silva Nascimento.

A defesa de Antunes alegou legítima defesa e buscou tentar provar falsas as qualificadoras dos crimes, apontadas pelo Ministério Público (MP). O réu foi julgado por duplo homicídio qualificado (motivo torpe, perigo comum, uma vez que havia outras pessoas no restaurante e recurso que dificultou a defesa, em relação a Monteiro; e de perigo comum, assegurar a impunidade de outro crime e contra autoridade ou agente, quanto a Menezes). Ele estava preso preventivamente no Presídio Estadual de Canoas (PECAN III).

Apontado como mandante segue foragido
Rudinei Teles da Silva, conhecido como Boca, é apontado pela polícia como o mandante do crime. Segundo investigações da Polícia Civil, Boca e José Antônio, uma das vítimas, trabalharam em chapas políticas diferentes durante as eleições municipais de Boa Vista das Missões, gerando desavença entre eles, que foi acumulada por provocações em redes sociais. 
No dia do crime, segundo a polícia, Rudinei e Marcos, autor dos disparos, haviam consumido álcool desde o meio-dia até a noite. Em certo momento, Rudinei teria encontrado José Antônio no bar, o que resultou em discussão. À noite, Marcos matou José Antônio com um tiro na cabeça.
Rudinei fugiu após o crime e segue foragido desde então. Além de ser considerado o mandante, Boca teria colaborado também para a morte do policial, que foi morto ao tentar prender o autor dos disparos, ao se colocar na frente dele enquanto o agente tentava reagir.
Informações sobre o paradeiro de Rudinei podem ser repassadas à polícia, de forma anônima.


Apontado como mandante do crime, Rudinei Teles da Silva está foragido (Foto: Divulgação)

Fonte: Jornal O Alto Uruguai.
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