O Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com as secretarias estaduais de segurança pública, promove, nesta semana, um mutirão de coleta de material genético para auxiliar famílias a localizarem parentes desaparecidos. A campanha, que ocorre em todo o território nacional, servirá para abastecer o banco de dados genético e, com base no cruzamento de informações, levar respostas a quem procura pelo familiar. As coletas iniciaram nesta segunda-feira, 14, e seguem até sexta-feira, 18.
Segundo o ministério, cerca de 80 mil pessoas desaparecem todos os anos e o exame de DNA é uma ferramenta bastante conhecida para a identificação de pessoas. É utilizada, por exemplo, em testes de paternidade e na solução de crimes, como explica o coordenador da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, do Ministério da Justiça, Guilherme Jacques.
– A Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas tem como objetivo chamar todas essas pessoas que estão procurando um ente querido que está desaparecido, não importa há quanto tempo, para que procurem os postos de coleta e forneçam o seu DNA. Esse DNA vai ser cadastrado no Banco Nacional de Perfis Genéticos e vai ser mais uma ferramenta que nós vamos utilizar para tentar localizar essa pessoa desaparecida – ressaltou.
Como participar
Para maior efetividade do cruzamento de dados, a recomendação é que, preferencialmente, os familiares de primeiro grau, como pai, mãe, filhos e irmãos, se apresentem para a coleta. O DNA do desaparecido também poderá ser extraído de itens de uso pessoal, como escova de dentes, escova de cabelo, aparelho de barbear, aliança, óculos, entre outros.
– Depois que o familiar tiver doado seu DNA, esse DNA vai para um laboratório onde ele vai ser analisado e será obtido o perfil genético que será inserido, então, no Banco Nacional de Perfis Genéticos. É nesse banco que ele será confrontado com outras amostras que têm lá, seja de restos mortais não identificados ou de pessoas de identidades desconhecidas – acrescentou o coordenador.
Todo o material colhido será utilizado exclusivamente para a identificação e localização de pessoas desaparecidas ou não identificadas.
Na região, o posto de coleta mais próximo fica em Passo Fundo, na praça da Cuia (praça Marechal Floriano), e estará aberto na quarta-feira, 16, das 14 horas às 17 horas. É necessário, no ato da coleta, assinar um Termo de Consentimento. A coleta é voluntária.
Clique aqui para ver a lista completa de postos de coleta em todo o país
Telefones para contato:
Delegacia de Desaparecidos de Porto Alegre
(51) 3288-2254
Divisão de Genética Forense/IGP-RS
(51)3233-6477
e-mail: [email protected]
