A tecnologia vem fazendo parte da nossa vida desde a infância e isso é fato. No entanto, as atividades recreativas estão se tornando cada vez mais raras e esquecidas, e as crianças passando mais tempo com dispositivos eletrônicos do que com seus amigos. Nesse sentido, sabemos que esses aparelhos tecnológicos influenciam na maturação cognitiva, social e afetiva das crianças, e dependendo do seu uso, podem ser benéficos ou prejudiciais.
E, neste contexto, a escola muitas vezes torna-se o único lugar em que a criança vai vivenciar atividades que explorem seu desenvolvimento físico-motor, e por isso a importância da Educação Física Escolar, pois ela trabalha e envolve os aspectos motores, cognitivos e sociais, provocando ao aluno estímulos de aprendizagem.
As fases motoras que o aluno dos anos iniciais do ensino fundamental vivencia envolve dos dois (2) aos sete (7) anos, os movimentos fundamentais e dos sete (7) anos em diante, a de especialização motora. Este período do desenvolvimento motor é considerado o resultado da fase dos movimentos fundamentais, onde as habilidades estabilizadoras, locomotoras e manipulativas fundamentais são sucessivamente refinadas, determinadas e preparadas para o uso em algumas situações gradativamente exigentes. A criança poderá vivenciar o movimento de diferentes formas, e entender as suas habilidades motoras não só no ambiente escolar, mas também relacionar com o seu cotidiano.
Nesse percurso os pais e professores são os agentes essenciais para que a criança se desenvolva da melhor forma, tendo uma vida saudável e prazerosa. Daí a importância de conhecer e reconhecer as fases da infância, principalmente, no que diz respeito ao desenvolvimento motor, a fim de auxiliarem da melhor forma possível a criança, neste processo de desenvolvimento e de aprendizagem.
Em relação ao professor de Educação Física, é fundamental que ele tenha conhecimento sobre o desenvolvimento infantil e busque formas de trabalho pedagógico pautadas no diálogo a fim de criar estratégias para desenvolver atividades visando as necessidades dos alunos, pois uma boa prática de vivências motoras, quando bem aplicada, poderá permanecer durante toda a vida do indivíduo.
Paloma Natália Serafini - autora do artigo
