Com o início das campanhas políticas na última semana, os candidatos ao governo do Estado do RS têm movimentado suas plataformas e destacado assuntos em suas participações em debates e entrevistas. Diversos temas são pautados, mas em destaque são notáveis assuntos sobre as privatizações e o Regime Recuperação Fiscal.
Com a recente venda da CEEE energia e as movimentações da desestatização da Corsan, as privatizações levam destaque entre os candidatos. Alguns candidatos, como Edegar Pretto (PT), acreditam que a privatização de empresas estatais não é benéfica para a população gaúcha e criticou as ações envolvendo a privatização da CEEE. Pretto também apresentou seu descontentamento com as movimentações de privatização da Corsan. “Não quero que um serviço essencial para a população fique sem nenhum controle do Estado”, destacou o candidato. Já Eduardo Leite (PSDB) tem citado em suas visitas aos municípios e na imprensa as privatizações realizadas em sua gestão como benéficas para a economia do RS, e, também, para a população. Em seu plano de governo, o tucano destaca que ainda em 2022 a privatização da Corsan será finalizada. De acordo com o plano de governo apresentado pelo candidato ao Piratini pelo PL, Onyx Lorenzoni, os serviços que podem ser melhorados por meio da iniciativa privada, devem ser privatizados, mas em alguns casos necessitam de estudos aprofundados.
Regime de Recuperação Fiscal
Acerca do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que é o programa que o governo federal possibilita aos Estados com os piores índices fiscais benefícios para que possam reestruturar suas contas, entre os benefícios estão operação de crédito, suspensão do pagamento da dívida (o plano do RS é de suspensão da dívida com a União por nove anos) e a flexibilização de regras fiscais. Nesse caso, o candidato ao Piratini pelo PT acredita que é necessário fazer uma revisão do RFF do Estado, e ainda levar para o debate com o governo federal junto a demais Estados que estão na mesma situação. Atualmente, o Rio Grande do Sul tem uma dívida de R$ 73 bilhões com a União. Já Eduardo Leite (PSDB) acredita que o RFF deve ser realizado da forma que está planejado, sendo ainda aprovado em sua gestão. De acordo com o plano de governo apresentado por Heinze (PP), acerca do RFF, o candidato pretende, caso seja eleito, buscar alternativas junto à União e o Judiciário para aprimorar as medidas impostas pelo RFF. Já o candidato pelo Partido Liberal ao governo do Estado, Onyx Lorenzoni, promete cumprir o que foi firmado com a União sobre o pagamento da dívida e instauração do RFF, mas após conversas com a comunidade gaúcha, acredita que se deve procurar medidas “mais justas” para o pagamento da dívida.
