O despejo de lixo em locais não autorizados, além de ser proibido, traz inúmeros impactos negativos ao meio-ambiente e afeta a qualidade de vida da população.
Em Frederico Westphalen, esta prática indevida se tornou comum por parte da comunidade, o que tem gerado bastante preocupação dos profissionais que atuam na Secretaria de Meio Ambiente e ambientalistas do município.
De acordo com o fiscal ambiental de FW, Flavio Laureano, alguns locais já se tornaram consolidados e recebem diariamente cargas de lixo, de forma proibida. “Infelizmente, nas áreas atrás do cemitério, da Escola Maria Falcon e na Faguense, registramos esta prática. São lugares em que a população vê que o pessoal descarta resíduos diariamente e acham que têm direito de fazer o mesmo. Tentamos identificar essas situações, mas é difícil. A equipe da coleta desses materiais volumosos faz a retirada, mas no outro dia já tem novamente”, explica.
O que preocupa os profissionais é o grande volume depositado nestas áreas, tendo em vista que o município conta com pontos específicos para a coleta de materiais de linha branca (aparelhos eletrônicos), pneus e lâmpadas, por exemplo.
Segundo a chefe do setor de reciclagem e destinação de resíduos sólidos de FW, Thaís Prestes Stein, a pasta do Meio Ambiente recebe, diariamente, ligações e denúncias que são repassadas aos fiscais para averiguar os fatos. “Tem locais que o pessoal não nos liga, assim não temos conhecimento, e em algumas situações até recebemos informações falsas. Tentamos fazer o máximo para auxiliar e orientar, e punir o mínimo”, destaca.
Além disso, Thais explica que a identidade de quem denuncia não é repassada de nenhuma forma. “Quando nos ligam, exigimos o CPF, mas é porque precisamos deste aporte para averiguar e autuar. No entanto, em nenhum momento divulgamos ou repassamos a identidade de que denunciou”, afirma.
Cidade mais limpa e organizada
Conforme explica o secretário da pasta, Ricardo Giovenardi, a administração preza bastante pela organização e pela sustentabilidade, por isso, também trabalham de forma preventiva, que é a melhor maneira de conscientizar a população e diminuir esta prática. “Temos programas de educação ambiental, pois é mais ideal orientar crianças e adolescentes por meio de palestras e conversas”, destaca.
No Centro da cidade é possível observar diversas lixeiras dispostas pelas calçadas, assim como nos bairros. “Se não tem na sua rua, basta ligar na Secretaria de Obras que ainda há algumas unidades disponíveis e estamos analisando para adquirir mais algumas. No entanto, muitas pessoas não querem a lixeira na frente de casa e é responsabilidade de cada morador providenciar a sua. O poder público trabalha com essa política de adquirir as lixeiras para auxiliar a população, mas não é obrigatoriedade do município”, comenta Thaís.
Além de impactos a curto prazo, como a poluição visual, o acúmulo do lixo em lugares inadequados pode contaminar o solo, o lençol freático e ser habitat para insetos como o mosquito Aedes aegypti, aranhas e escorpiões. “Infelizmente, esses problemas fazem parte de qualquer município em desenvolvimento, por isso contamos com profissionais especializados para solucioná-los, mas a colaboração da comunidade é fundamental”, finaliza o secretário Giovenardi.
