Gilmar Jorge da Silva é um suinocultor de Palmitinho, que junto com o pai, Odilon José da Silva, a esposa Gilvane Costa da Silva e com a filha Gabriele da Silva, desenvolvem a atividade agrícola no município. Há dois anos a família mudou para o ramo da suinocultura, mas anteriormente trabalhavam com plantação de fumo. “Nós trabalhávamos com fumo, nasci e me criei aqui, porém devido à falta de mão de obra para trabalharmos com o fumo, nós decidimos investir mais na suinocultura, porém para a pequena propriedade, em menor proporção de terra, é uma das atividades mais rentáveis que se sobressai”, conta Silva.
Atualmente, a família trabalha com sistema de terminação, contendo dois mil animais alojados na propriedade e encaminhados à JBS, frigorífico de Seberi, e mais 14,3 hectares de terra. “Se você se dedicar, o resultado vem, não tem como fugir”, afirma o suinocultor.
Com o aprendizado passado de pai para filho, Silva conta que trabalhar com suinocultura é sinônimo de dedicação e enfrentamento de desafios. “A suinocultura é o dia a dia. É dedicação, é acordar cedo, é não ter hora para dormir. Ter hora para acordar e nenhuma hora para dormir. O desafio é que não existe fim de semana, não tem sábado e nem domingo. É você quem faz, mas se você se dedicar e fazer de maneira bem feita, os resultados vêm”, ressalta.
Fator fundamental para o sucesso do trabalho da família Silva é o apoio da prefeitura no dia a dia da propriedade, que sempre prestou os auxílios necessários, como por exemplo, na terraplanagem da localidade. “Em relação ao incentivo de terraplanagem, a prefeitura ajuda com 100%, é um dos poucos municípios que teve incentivo de terraplenagem que pega de ponta a ponta sem que nós precisemos pagar por isso. Nos deu um suporte gigante e só temos a agradecer’, detalha Silva.
Para os próximos anos, Silva espera continuar o trabalhado que está desenvolvendo junto à suinocultura, aperfeiçoando e investindo cada vez mais para o avanço da propriedade.
Suinocultura como alternativa de sucessão familiar
Sebastião Francisco Pastorio, assim como Silva, é um suinocultor de Palmitinho que merece destaque. Na propriedade da família, que é administrada por ele, há 5,6 mil suínos alojados, e esse trabalho foi intensificado após sua aposentadoria, há cerca de seis anos, quando Pastorio passou a investir no ramo e cuidar de seu pai, que vive na propriedade há 56 anos.
Antes de iniciarem os trabalhos com a suinocultura, a família trabalhava com agricultura de subsistência, com lavoura de grãos, suínos e gado. Pastorio conta que não imaginava retornar para as terras da família e que se sente grato por poder aplicar os conhecimentos que adquiriu na propriedade da família. “Depois que me aposentei, tinha 56 anos, tive condições de investir, tinha a propriedade aqui quase que abandonada. Além disso, meu pai é vivo ainda, tem 87 anos, e ele permaneceu sozinho, pensei mais em investir aqui para ficar perto dele e dar assistência”, explica o suinocultor.
Pastorio conta que durante os seis anos em que administra a propriedade e investe no ramo, enfrentou poucas dificuldades. “Na verdade, como aqui somos integrados à JBS, é aquela questão, não sentimos tanto quanto os produtores que trabalham por conta própria. Então, quando temos essa parceria, nós recebemos todo o produto aqui, alimentação dos suínos, medicamentos, os suínos”, detalha. O suinocultor ainda explica que a empresa investe em toda a estrutura da propriedade, entra com componentes como ração, medicamentos e suínos, por isso, realizando o manejo adequado não são identificados grandes problemas para alcançar as metas.
O suinocultor acredita que o município é um ótimo berço para todos os tipos de produção e cultivo, e incentiva o investimento de novos produtos na região. “Acho que há espaço para aumentar o número de cabeças no município, e a expectativa quanto à atividade, eu acredito que se tratando de produção de alimentos, falamos de milhões de brasileiros que passam fome e no mundo também se fala, então, para produzir alimentos, eu vejo que dá para viver bem. É algo que a cada dia é necessário produzir mais”, conta.
O incentivo da prefeitura de Palmitinho foi muito importante para o pontapé inicial da propriedade, já que realizou toda a parte de terraplanagem, abastecimento de água, entre outras atividades. “Agora, no segundo galpão, que é novo e que está no primeiro lote, também foi a prefeitura que auxiliou. Durante a estiagem eu precisei por uns três ou quatro dias que me ajudassem com a questão da água, então me auxiliaram por esse período e depois tudo foi normalizado”, detalha Pastorio.
Apoio da administração municipal
A administração municipal sempre procurou incentivar o setor primário, principalmente, nas condições para a instalação das propriedades rurais no município, disponibilização de água, e todas as condições necessárias para o desenvolvimento da atividade agrícola. De acordo com o secretário da Agricultura e Meio Ambiente de Palmitinho, Evonir da Rocha, a administração municipal está trabalhando intensamente a fim de apoiar os empreendimentos ligados à agricultura familiar e ao setor primário do município. “Com a dedicação de nossos servidores, são inúmeros trabalhos de horas-máquinas, além da assistência disponibilizada pelos técnicos da Secretaria da Agricultura, garantindo as melhores condições para que a nossa agricultura e nossos agricultores possam prosseguir produzindo”, salienta Rocha.
O prefeito Caetano Albarello parabeniza os agricultores e motoristas pelo dia e destaca a valorização dessas duas classes. “Neste dia, quero deixar o meu abraço para esses agricultores valorosos, que procuram fazer um investimento no nosso município e que com muita coragem criaram a riqueza que nós temos. Aos investidores da avicultura, do gado leiteiro, da suinocultura, e todas as atividades agrícolas que Palmitinho tem. Deixamos nosso abraço e satisfação à luta desses desbravadores, que fazem o progresso do nosso município”, finaliza Albarello.
