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Museu Wülson Jehovah Lütz Farias
Documentos que contam histórias
A Semana Nacional dos Museus, também celebrada em FW, com o tema “Poder dos Museus”, ressalta a importância da preservação dos acervos históricos
Por: João Marcelino
Publicado em: sábado, 28 de maio de 2022 às 11:21h
Atualizado em: sábado, 28 de maio de 2022 às 11:41h

Preservar artefatos históricos é importante não apenas para registrar histórias, mas também como uma oportunidade de reescrevê-las e valorizar o passado de um povo. Com o propósito de mobilizar os museus de todo o país. O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) promoveu a Semana Nacional de Museus, celebrada entre os dias 16 e 22 de maio, com o tema “Poder dos Museus”. 

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De acordo com o Ibram, os museus são construtores de futuro e por isso são poderosos. O tema proposto ressalta que este poder está presente em suas ações de pesquisa, preservação, conservação, educação, comunicação, ação cultural, gestão, inovação tecnológica, cumprimento de suas funções sociais e criação de repertórios para o futuro. Para a programação deste ano, foram 877 museus participantes e 2.587 eventos cadastrados. Ao todo, foram inscritas 379 cidades, de 26 Estados.

No intuito de contribuir com a Semana Nacional dos Museus e destacar a importância da conservação do conjunto de documentos que contam histórias de um povo que integra o patrimônio cultural no município de Federico Westphalen e região, nesta semana a equipe de reportagem do AU conversou com a professora formada em História, Raquel Maria Favero, responsável pela manutenção e atendimento do Museu Municipal Wülson Jehovah Lütz Farias, que destacou a importância dos registros históricos como forma de valorizar a história.

Registros históricos 

O Museu Municipal Wülson Jehovah Lütz Farias nasceu a partir de uma mostra de antiguidades, com o projeto raízes, que logo depois se tornou o acervo do museu municipal. Com diversas peças doadas e registros históricos guardados, o espaço histórico foi criado na década de 80. Atualmente, é considerado o principal museu da região, com o maior acervo histórico em documentos para pesquisa. De acordo com Raquel, os documentos históricos trazem a oportunidade de escritores da região também contarem suas histórias. “O museu recebe visitas de escritores locais, de pessoas da nossa comunidade que pretendem escrever livros. Eles vêm aqui buscar embasamento teórico como fonte de pesquisa, ainda, buscam conhecer suas histórias que guardamos aqui no museu”, conta a professora. 

Ainda, segundo Raquel, é preciso dar ênfase para o arquivo histórico do museu municipal. “Aqui fica a conservação de documentos guardados desde a colonização, pastas com registros das inspetorias de terras, fotos de eventos e das administrações municipais, a história do Monsenhor Vitor Batistella, entre outros documentos. São registros que contribuem para a preservação da nossa história”, expressa Raquel.

A Semana Nacional de Museus é uma das ações da Política Nacional de Museus do Ibram, construída e proposta de forma articulada com o setor de museus brasileiros e que tem como propósito mobilizar os museus de todo o país a partir de um esforço de convergência de suas programações em torno de um mesmo tema. De acordo com a professora, a iniciativa da Semana Nacional dos Museus deve ser celebrada e divulgada para promover a cultura. “O museu [do município] é voltado às nossas raízes. Conta sobre o nosso legado cultural, religioso e imigratório. Nossos arquivos têm um poder muito grande para a região, com um acervo de registros importantes. Acredito que esse seja o ponto de partida do tema proposto pelo Ibram, para mostrar que o poder dos museus não está somente em obras grandiosas, mas, também, em documentos escritos e arquivos ricos em informações sobre o nosso povo desde a colonização”, finaliza.

Algumas das obras de escritores locais

Nome da obra: “Frederico Westphalen: Comissão de Terras e Coronelismo”
Autores: Elenice Szatkoski e Celito Urbano Luft

Nome da obra: “A Vila Faguense: Reflexões sobre este e outros polos turísticos de Frederico Westphalen”
Autor: Florindo David Grassi

Nome da obra: “Políticas Públicas e Rede de Transporte no Norte Rio-grandense (1889-1955)”
Autora: Jussara Jacomelli

Nome da obra: “Aspectos Significativos da História de Frederico Westphalen”
Autora: Elisabeth Cerutti Rizzatti

Nome da obra: “Monsenhor Vitor Battistella na História de Barril”
Autor: Breno Antonio Sponchiado

Nome da obra: “A história da Construção da Catedral”
Autora: Elenice Szatkoski

Nome da obra: “Painéis do Passado”
Autor: Monsenhor Vitor Battistella

Nome da obra: “Rostos e Rastros no Barril (1654-2004)”
Autor: Wilson Aleixo Ferigollo


Como conhecer
Há pouco mais de um ano, todas essas histórias podem ser encontradas em um novo endereço, na rua Assis Brasil, número 709, bairro Itapagé, em Frederico Westphalen, localizada nas dependências da URI/FW, ao lado da biblioteca da instituição. O museu é coordenado pela Secretaria de Educação e Cultura de FW (Smec), sendo recepcionado pela professora de História Raquel Maria Favero, responsável pela manutenção e atendimento. O funcionamento acontece no período da tarde, das 13h30min às 17 horas. Em caso de visitas para pesquisas e maior acesso aos documentos e arquivos históricos, pode ser realizado o contato prévio e agendamento. 
Para mais informações entre em contato pelo telefone 2010-0100.
 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai.
Fotos
Vitrine do AU