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Setor primário
“O Brasil vai se tornar a maior agricultura do mundo”
Palestrante da edição de maio do “No Tom da Conversa”, presidente da Farsul destaca o agronegócio brasileiro como uma potência em ascensão no cenário global
Por: Nícolas Rahmeier
Publicado em: sexta, 13 de maio de 2022 às 15:54h

Na edição do mês de maio do almoço palestra “No Tom da Conversa”, a Associação Empresarial de Frederico Westphalen (AEFW) trouxe para abordar um novo programa que impulsionará a produção agrícola gaúcha em até 40%, o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Silveira Pereira. O evento, que ocorreu ontem, 13, no salão nobre da AEFW, reuniu representantes do Poder Público de Frederico Westphalen, além de lideranças e empresários ligados ao setor primário. 
Em sua fala, o presidente da Farsul fez uma avaliação da situação do Brasil no cenário geoeconômico mundial em termos de produtividade agrícola, e afirmou que nos próximos anos, “o Brasil irá se tornar a maior agricultura do mundo”, haja vista a atual demanda dos países na produção de alimentos e do potencial de produção do nosso país. Nesse sentido, Gedeão destacou que atualmente o Brasil é um dos maiores exportadores do mundo em determinados segmentos, como a carne suína, bovina e de aves, além de grãos, como a soja e o trigo, para mercados asiáticos, como a China e o Oriente Médio, mercados que se encontram em expansão populacional. Diante disso, cresce também a demanda de alimentos para alimentar toda essa população, e é nesse contexto que se encontra o agronegócio gaúcho, setor que deve acompanhar esse contexto e precisa aumentar também a sua produtividade. 

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Programa Duas Safras
É focada neste cenário que a Farsul, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Rio Grande do Sul (Senar-RS), com a Embrapa e diversas entidades ligadas ao agro gaúcho, desenvolveu o Programa Duas Safras. A iniciativa visa a análise das características de cada uma das regiões do RS, com resultados que impactarão não apenas em aumento de produtividade, como também trará reflexos no campo econômico e social do Estado. A meta do projeto é ampliar em 40% a produção agropecuária gaúcha, por meio do aumento da produção de culturas de inverno, como trigo, aveia, triticale e outras, que possam ser utilizadas na produção de ração para a alimentação animal, o que, segundo projeções, impactará no PIB do RS em torno de 7%, aproximadamente R$ 31,9 bilhões.
Pereira destacou em entrevista ao jornal AU, que o programa surge diante da problemática na produção de milho, que se acentuou nesta safra em função da estiagem. “Tanto o RS quanto SC têm um déficit de milho de aproximadamente sete milhões de toneladas, numa condição normal de safra, o que não foi o caso deste ano que tivemos uma seca no Estado que praticamente dizimou muito das nossas culturas, tanto da soja quanto do próprio milho”, frisa.
Desta forma, o presidente da Farsul comenta que é necessário resolver esse desafio no próprio território gaúcho, e a solução apresentada pela entidade é de aumentar a produtividade da safra de inverno. “Nós plantamos em torno de oito milhões de hectares no verão, e no inverno apenas um milhão de hectares, ou seja, nós temos muito o que expandir os cereais de inverno e que agora se apresentam em uma situação de mercado superior ao de um passado bem recente. Além do mais, descobrimos que a metade Sul pode expandir, e muito, a cultura do milho junto com a cultura do arroz, e essa é a realidade que estamos trabalhando, que é o Duas Safras, para resolver o problema da suinocultura e avicultura para que possam continuar crescendo”, pontuou Gedeão. 
 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai
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