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Saúde
Mais de 60% dos criadouros do mosquito da dengue estão nas cisternas
Por: Cíntia Henker
Publicado em: terça, 12 de abril de 2022 às 18:53h
Atualizado em: terça, 12 de abril de 2022 às 19:02h

O Rio Grande do Sul passa por um momento de alerta em relação ao número de casos confirmados de dengue. De acordo com o último boletim epidemiológico do Estado, divulgado em 26 de março, foram registrados 10.162 casos suspeitos, sendo 3.297 casos confirmados e destes, 2.931 casos autóctones (contraídos em território gaúcho), 1.027 casos foram descartados e 5.774 continuam aguardando investigação. Estes dados podem variar bastante, já que em função do elevado número de testes enviados ao Laboratório Central do Estado (Lacen) há um atraso nas análises. 
Somente na área de abrangência da 2ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), 1.886 casos foram confirmados, registrando um aumento de 26% se comparados aos dados divulgados na semana passada (1.493). 
– Temos um cenário de infestação do mosquito na maioria dos municípios do Estado. Este surto nada mais é que resultado de um descuido da população no sentido de eliminar os criadouros. Enfrentamos uma grande estiagem e muitas pessoas necessitaram armazenar água, mas infelizmente não da forma correta, o que resultou em um número elevado de criadouros do mosquito. Em mais de 60% dos casos os criadouros estão nas cisternas que não estão vedadas corretamente – explica a coordenadora regional de saúde, Marly Vendruscolo. 
No Rio Grande do Sul, em comparação aos últimos 10 anos, em 2022 foi registrado o maior número de casos autóctones, reforçando a preocupação das autoridades em relação ao grande número de focos do Aedes aegypti, o transmissor da doença. 

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