Publicidade
Caso Sandra
MP apresenta alegações finais no processo que apura morte da contadora
Promotores pedem que o ex-marido e Ismael Bonetto sejam julgados pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver por Tribunal do Júri
Por: Adriano Dal Chiavon
Publicado em: terça, 06 de abril de 2021 às 17:20h
Atualizado em: terça, 06 de abril de 2021 às 17:22h

O Ministério Público de Palmeira das Missões apresentou nesta terça-feira, 6, as alegações finais em relação ao que os promotores enquadram como homicídio qualificado e ocultação de cadáver de Sandra Mara Lovis Trentin, crimes ocorridos no início de 2018. 

Publicidade

Na manifestação, a Promotoria de Justiça de Palmeira das Missões pede que ambos os réus – o ex-marido, Paulo Ivan Baptista Landfeldt, e Ismael Bonetto, – sejam pronunciados e levados a julgamento pelo Tribunal do Júri. 

O MP sustenta que houve a prática de homicídio qualificado por motivo torpe, mediante promessa de recompensa, com emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e por razões da condição de sexo feminino, com violência doméstica e familiar, o que é enquadrado como feminicídio. 

Ainda conforme os promotores, o ex-marido de Sandra teria sido o mandante do crime e Ismael o executor. A ossada da vítima moradora de Boa Vista das Missões foi localizada no dia 21 de janeiro de 2019, às margens da BR-158. 

Em razão da localização da ossada, houve um aditamento da denúncia, que foi aceita pelo Justiça. Na ocasião, também foi decretada novamente a prisão preventiva de Landsfeldt. Depois de sucessivos pedidos de adiamento das pronúncias finais pela defesa dos réus, em março deste ano foi encerrado o prazo para as instruções e aberto o período das alegações finais.

A do MP foi concluída nesta terça-feira. Agora, abre o período para que a defesa apresente suas razões finais, para, então, o processo ter o encaminhamento ao juiz, que deverá determinar o julgamento por meio de Tribunal do Júri, ou seja, com a presença de jurados que irão ouvir argumentos de acusação e defesa e decidir sobre a culpabilidade ou não dos réus. Essa etapa do processo ainda não possui previsão de acontecer. 

– O Ministério Público mostra-se satisfeito com o encerramento desta etapa, acreditando na farta prova para pronúncia de ambos os réus, viabilizando o julgamento e condenação destes perante o Tribunal do Júri, eis que medida de inteira justiça – pontua o Promotor de Justiça de Palmeira das Missões, Rodolfo Grezzana.

 

Fonte: O Alto Uruguai/Ministério Público
Vitrine do AU