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Crimes digitais
Ano novo, golpes velhos
Nas duas primeiras semanas de 2022, Polícia Civil já registrou na região mais de 15 ocorrências envolvendo redes sociais, ligações e aplicativos
Por: Cíntia Henker
Publicado em: terça, 18 de janeiro de 2022 às 16:02h
Atualizado em: terça, 18 de janeiro de 2022 às 16:38h

À medida que as tecnologias têm avançado, trazendo mais facilidades para o cotidiano de todos, elas também podem ser usadas de maneira indevida. Um exemplo disso são os golpes aplicados por meio de redes sociais e aplicativos da internet. 
Segundo a delegada titular da 14ª Delegacia Regional de Polícia Civil, Aline Dequi Palma, somente nas duas primeiras semanas de 2022, a Polícia Civil já registrou mais de 15 ocorrências de golpes envolvendo redes sociais, ligações e aplicativos. Já no ano passado, foram mais de 680 registros na região.
Entre os golpes mais frequentes está o dos nudes, no qual os bandidos criam o fake de uma mulher e enviam fotos sensuais para homens, que se engajam em conversas de teor sexual com o perfil falso. A partir de então, os criminosos fingem ser pais e mães de supostos menores de idade e chantageiam as vítimas para que elas não sejam denunciadas pelo crime de pedofilia.
Além disso, apesar de ser mais antigo, o WhatsApp clonado segue fazendo muitas vítimas, já que os golpistas se passam por pessoas conhecidas, informando a troca de número e, em alguns casos, conseguem utilizar o mesmo contato. Sendo assim, enviam mensagens por meio do WhatsApp e pedem dinheiro com mensagens prontas, como “oi fulano, pode me fazer um favor? Preciso pagar um boleto, mas já usei meu limite de transações. Pode pagar pra mim? Amanhã te transfiro o dinheiro”.
Também é preciso ficar atento a mensagens falsas em nome de instituições bancárias, operadoras de telefonia ou empresas de streaming e até mesmo falsas notificações de órgãos públicos via e-mail. 

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Venda de móveis e eletrodomésticos
Um dos golpes mais recentes é o de venda de eletrodomésticos e móveis usados pelo Instagram. Nesta nova “modalidade” utilizada pelos criminosos, contas legítimas são invadidas e passam a publicar Stories anunciando televisores, geladeiras, sofás e diversos produtos em bom estado. 
Na maioria dos casos, esta publicação é feita em nome de um suposto amigo ou vizinho que está de mudança e precisa vender os itens. Assim, os golpistas conseguem convencer as vítimas a efetuar o pagamento e fazer uma transferência via Pix, com a justificativa de reserva destes produtos, que nunca são entregues.
Quem passou por esta situação foi a frederiquense Marília Menegusso, que teve sua conta no Instagram invadida há mais de um mês, e só descobriu após não ter mais acesso à rede social e amigos avisarem que ela estava vendendo produtos que não existiam. “O golpe foi um tipo de prática de hackers, que descodificaram a senha de acesso, uma vez que não tinha autenticação de dois fatores. Essa prática é uma ‘burla’ ao sistema de proteção básico. A minha conta ainda está ativa, uma vez que a justiça ainda não adentrou com as medidas necessárias após o processo ter sido iniciado com o advogado”, explica.
Ainda, segundo Marília, muitos perfis de empresas e influenciadores digitais estão sofrendo com este tipo de ataque, fazendo com que seus seguidores sejam enganados ao depositar ou transferir valores para estes criminosos.
Como forma de se prevenir, a delegada Aline alerta que é necessário conferir as informações que recebe, jamais efetuar depósitos ou transações financeiras para pessoas desconhecidas. Procurar fazer contato com familiares e solicitar informações nos órgãos de segurança.  

Como se prevenir?
- Confira sempre quais dispositivos têm acesso a sua conta.
- Não forneça dados pessoais para perfis desconhecidos.
- Confira os dados da conta antes de fazer alguma transferência pelo Pix.
- Em caso de dúvidas, entre em contato pessoalmente ou ligue para a pessoa que está vendendo algo ou solicitando dinheiro.

Fonte: Jornal O Alto Uruguai
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