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Conflito Indígena
Força Nacional permanecerá em Planalto
De forma extraoficial foi comunicada a renovação do convênio, garantindo maior segurança para população da região
Por: Patrícia Cerutti
Publicado em: sexta, 24 de dezembro de 2021 às 09:30h
Atualizado em: sexta, 24 de dezembro de 2021 às 09:35h

Foi comunicado, de forma extraoficial, na tarde de quarta-feira, 23, que a equipe da Força Nacional permanecerá em Planalto. A vinda deste policiamento especializado foi solicitada devido ao acirramento dos conflitos entre as comunidades indígenas de Planalto e Nonoai.

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De acordo com a deputada Zilá Breitenbach, o vice-governador do Estado Ranolfo Vieira Junior informou que o governo solicitou a renovação do convênio, garantindo assim a permanência do reforço da segurança nesta região de conflito no Norte do Estado. “Gostaria de agradecer ao vice-governador Ranolfo Vieira Junior que atendeu prontamente ao pedido de permanência da Força Nacional ao município, garantindo mais segurança para a região”, destaca a deputada.

A reportagem, em contato com a Administração de Planalto, confirmou, por meio de informações da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP), a permanência da Força Nacional no município, por mais 60 dias.

Lideranças políticas e empresariais da região, preocupadas com a previsão de remoção da equipe prevista para esta sexta-feira, 24, realizaram uma reunião com o vice-governador do Estado. O encontro foi coordenado pelo presidente da Federasul, Anderson Trautman Cardoso, e pelo vice-presidente regional da Federasul, Ramir Severiano e contou ainda com lideranças de associações empresarias, prefeitos, comandantes das Brigada Militar da região, bem como, representantes do governo. A deputada estadual Zilá, esteve representando a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS) na audiência, solicitando a permanência da Força Nacional, mas também pedindo reforço no contingente de policiais militares e viaturas para Planalto.

De acordo com relatos do grupo o acirramento dos conflitos tem se intensificado em períodos de safra, quando as lideranças indígenas recebem os recursos dos arrendamentos das terras e a divisão dos mesmos é realizada de forma desigual. Outra preocupação é com a ação do tráfico de drogas nas aldeias, motivando nova frente de violência que já está atingindo a população da cidade.

Outro ponto reforçado durante a reunião realizada no dia 20 de dezembro é de que a Fundação Nacional do Índio (Funai) e os órgãos responsáveis tomem medidas práticas e resolutivas quanto aos conflitos, garantindo maior segurança para a população da região.

Fonte: Jornal O Alto Uruguai
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