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Lucas Marcon
“Não me imagino mais sem a fotografia”
O frederiquense Lucas Marcon há nove anos fez da sua paixão pela fotografia a sua profissão
Por: Suseli Cristo
Publicado em: quarta, 22 de dezembro de 2021 às 13:00h
Atualizado em: terça, 21 de dezembro de 2021 às 17:59h

A primeira fotografia de que se tem registro teria sido tirada no ano de 1826, na França, por Joseph Nicéphore Niépce. Os anos foram passando, os equipamentos cada vez mais cedendo espaço para novas tecnologias, mas a essência de registrar os momentos não mudou. O fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson dizia que “a fotografia é capaz de captar uma eternidade instantânea”, e até os dias atuais essa ideia é muito forte, já que a maioria das pessoas acredita que um clique vai além de registrar uma imagem, pois a câmera é a extensão dos olhos do fotógrafo e traduz sentimentos e histórias. 
– Mais do que registrar momentos, as fotos transmitem mensagens, contam histórias e levam a importantes reflexões. A fotografia sempre me pareceu interessante, desde criança quando brincava com os filmes negativos que tinha em casa até o primeiro contato com uma câmera digital, que eu passava o dia mexendo e brincando com os recursos dela. Meu primeiro contato com uma câmera profissional foi em uma aula de fotografia promovida pela Cufa, em um evento na cidade de Iraí, com o fotógrafo Leandro Kempka. Quando saiu a matéria no jornal sobre as aulas, e eu vi que tinham fotografias minhas junto, fiquei muito feliz e tive certeza que era algo que eu queria seguir fazendo. Depois de um certo tempo ganhei minha primeira câmera profissional, surgiram os primeiros trabalhos e desde então não me imagino mais sem a fotografia na minha vida – conta o frederiquense Lucas Marcon, de 25 anos, que há nove anos fez dessa paixão a sua profissão. 

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Liberdade de criação
Logo que surgiu, a fotografia não era considerada uma arte, e até os dias de hoje ainda existem opiniões divergentes quanto a isso. Para alguns críticos, a fotografia não pode ser considerada arte por conta da facilidade que existe em produzi-la, já outros acreditam que ela pode ser considerada como arte a partir do momento em que é uma interpretação da realidade, e não apenas uma cópia. Para Lucas, que é um autodidata e está sempre em busca do aperfeiçoamento, a liberdade de criação que se tem com essa forma de arte é infinita.
– Eu sinto que nas últimas décadas a fotografia se tornou muito acessível para as pessoas, e isso é incrível, pois todos têm a chance de mostrar seu olhar do mundo. A liberdade de criação que se tem com essa forma de arte é infinita e o que você sente ao tirar uma foto no momento certo é indescritível. A fotografia foi muito além do equipamento. A pós-produção também se tornou algo muito interessante e divertido nos últimos tempos, com muitas possibilidades de criação, se tornando muito mais fácil para quem está começando a se interessar por esse mundo agora – destaca o fotógrafo.

Inspirações
A trajetória de Lucas mostra que ele é desses profissionais que não gosta de se prender a um estilo único, tem suas inspirações e formas de expressão. “Me sinto cada vez mais próximo dessa forma de expressão e cada vez mais influenciado por esse mundo. Tenho muito interesse por cinema, artes plásticas, pintura, desenho e tudo que envolve a criação. A música sempre foi uma inspiração também, desde o começo via videoclipes e me sentia inspirado para levar isso para os ensaios, e tenho isso até hoje. Quem dera a gente poder viajar o mundo todo e fotografar todas as culturas do nosso planeta, quem sabe seja um sonho a ser realizado. Porém, quero muito registrar a nossa região também, sinto que cada vez mais as pessoas têm vindo para cá conhecer as nossas riquezas e quero estar aqui para presenciar isso e poder colaborar de alguma forma”, diz o fotógrafo, que vem ganhando cada vez mais notoriedade pela sua forma de registrar os momentos.
– Minhas fotografias são com luz natural. São raras as vezes que uso uma luz artificial nos ensaios, pois sou apaixonado por tons escuros e pelo lado melancólico da vida, e talvez isso reflita um pouco nas minhas fotos. A natureza é uma inspiração diária para mim, meu escritório é fora de casa. O reconhecimento é muito importante em qualquer profissão, principalmente nas que envolvem a arte. Fico muito emocionado quando algum cliente fala que vê muito de mim nas fotografias ou que eu consegui captar muito sentimento naquele trabalho, é algo que não sei mensurar – encerra Lucas, mas abrindo um parêntese para dizer que ainda sonha em tornar essa arte acessível para muitas pessoas, levando seus conhecimentos para outros tantos apaixonados pela fotografia.  

Fonte: Jornal O Alto Uruguai
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