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Alerta
“O RS e a nossa região possuem casos de Aids muito além da média do Brasil”
Neste ano, já foram dois óbitos de pacientes com diagnósticos tardio, alerta enfermeira do SAE-FW, reforçando a importância de testagem
Por: Gustavo Menegusso
Publicado em: segunda, 06 de dezembro de 2021 às 13:44h
Atualizado em: segunda, 06 de dezembro de 2021 às 13:48h

O dia 1º de dezembro, quarta-feira, lembrou a luta histórica de todos os países do mundo contra a Aids. Apesar de nos dois últimos anos, as ações de combate terem sido reduzidas em razão da pandemia, o atual momento vem permitindo a retomada de esforços por parte das Secretarias Municipais de Saúde. “Muitos profissionais foram realocados para atendimentos de pacientes com Covid-19, então várias ações reduziram no período, mas agora voltamos a solicitar que as pessoas de todos os municípios venham para as unidades de saúde fazerem a sua testagem, agendando no posto mais próximo da sua residência. Hoje, os testes rápidos, incluindo os de HIV, podem ser feitos pelo SUS”, afirma a enfermeira Taís da Rocha Giovenardi, do Serviço de Assistência Especializada (SAE), de Frederico Westphalen.
Segundo a enfermeira, a recomendação é que todas as pessoas façam os testes ao menos uma vez no ano, para evitar o diagnóstico tardio da Aids. “A ideia é que se faça o teste antes de ter qualquer sintoma, pois se tem o resultado positivo já se inicia logo o tratamento. Infelizmente, neste ano, tivemos dois óbitos de pacientes com diagnósticos tardio, que não sabiam que eram portadores do HIV, e um pouco antes de irem a óbito fizeram o teste e descobriram. Como era tarde demais, outras doenças oportunistas agravaram ainda mais a situação, e isso é algo totalmente evitável, desde que se faça o teste e, caso der positivo, inicie o tratamento adequado”, alerta.

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Região, assim como o Estado, tem casos acima da média nacional
Taís também faz um alerta para o grande número de casos existentes no RS e também na região. “O Boletim Epidemiológico que temos ainda é de 2020, em que infelizmente o RS e a nossa região possuem casos muito além da média do Brasil. Também tivemos, neste período da pandemia, o retorno de muitas pessoas para o interior em decorrência da crise e, com isso, alguns pacientes que não estavam fazendo o tratamento adequado nos grandes centros, já vieram acometidos de alguns agravos. São resquícios que ainda vamos trabalhar em consequência da pandemia”, explica.

Preconceito
Apesar de ser uma pandemia com mais de quatro décadas, para Taís ainda existe muito preconceito em torno da Aids. “A Aids é uma doença crônica que a gente precisa fazer acompanhamento e tratamento, como uma diabetes, uma hipertensão, e é só isso. O problema é que infelizmente ainda existe a agregação de um preconceito que é desnecessário. Você não pega diabetes e não pega hipertensão abraçando e beijando, ou seja, você não vai pegar HIV abraçando e beijando. A maior luta ainda é contra o preconceito”, finaliza Taís.

Confira a entrevista completa aqui!

Fonte: Jornal O Alto Uruguai
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