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Alerta
Saiba o que fazer em caso de ataques de abelhas
Incidência de enxames aumenta nas cidades nesta época do ano
Por: Douglas Cavalini
Publicado em: sábado, 18 de setembro de 2021 às 18:29h
Atualizado em: sábado, 18 de setembro de 2021 às 18:46h

Recentemente, uma rua de Frederico Westphalen precisou ser interditada depois de algumas pessoas sofrerem ataques de abelhas, precisando, inclusive, de atendimento médico. Ao averiguar a situação, o Corpo de Bombeiros localizou uma grande colmeia instalada em uma residência, necessitando do auxílio de um profissional experiente no ramo de apicultura para a remoção segura dos insetos. 
Segundo o apicultor Albino Mariano Gaitcoski, que realizou a retirada da colmeia, o enxame era tão grande que foi possível dividi-lo em outros três, sobrando ainda uma pequena quantidade no local, que se dissipará com o tempo, em função da ausência da rainha. “Ao todo, acredito que tinha cerca de um milhão de abelhas. Consegui retirar quase 60 quilos de mel da colmeia”, assegura.
Gaitcoski explica que é nessa época do ano, por volta de setembro e outubro, que as abelhas saem à procura de novos lugares para formar colmeias. “Nessas viagens acabam passando pela cidade, onde normalmente param por alguns dias para descanso. Em alguns casos, elas acabam se instalando e, quando não há a remoção, as colmeias podem crescer mais”, afirma.
Nessas situações, a proximidade com a população urbana pode causar a irritação das abelhas e, consequentemente, os ataques. “A recomendação é se manter afastado do enxame, quando localizar algum, evitar perturbar as abelhas, pois é nessa situação que elas podem atacar”, pontua.
O licenciador ambiental de FW, Carlos Minuzzi Rossatto, também alerta para que a população evite remover um enxame por conta própria. “Além de ser muito perigoso, não se deve aplicar qualquer tipo de produto químico nas abelhas, já que se trata de uma infração ambiental. Por isso, deve ser feito o contato com as autoridades, que farão a remoção de forma adequada”, assegura.
Por gerar danos ao meio ambiente e às espécies silvestres, causar morte de abelhas pode ser enquadrado como crime ambiental, como explica o comandante do 2º Grupamento de Polícia Ambiental de Frederico Westphalen (Patram-FW), sargento Márcio Mezzaroba. “É crime, segundo o Artigo 29 da Lei 9605/98, tendo como pena a detenção de seis meses a um ano, e multa, podendo ser aumentada em virtude de uma eventual exterminação em massa de um enxame”, exemplifica.

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Recomendações em caso de ataques 
- Independente do total de ferroadas, caso a vítima apresente sintomas como queda de pressão, falta de ar, aparecimento de manchas avermelhadas pelo corpo ou outro sintoma, o atendimento médico de emergência deverá ser imediato.

- Sem a possibilidade de atendimento médico imediato, recomenda-se proceder conforme o descrito abaixo:
**Retirar imediatamente os ferrões para evitar que todo o veneno seja injetado na vítima. Para isso, não utilize o dedo ou pinça, a fim de não comprimir a bolsa de veneno. Recomenda-se retirar os ferrões com o auxílio de uma lâmina de canivete ou faca, raspando cuidadosamente rente à pele.
**Lavar abundantemente os locais atingidos com água corrente, sem esfregar a pele para não espalhar mais rapidamente o veneno.
**Aplicar bolsas de gelo no local das picadas para diminuir o inchaço.
**Aplicar no local das ferroadas, sem esfregar, uma pomada com antialérgico e analgésico para amenizar as dores.
**Nos casos de pessoas alérgicas e nos pacientes que não estão passando bem, o atendimento médico deve ser priorizado com urgência.
 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai
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