Foi unânime entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a decisão de suspender, provisoriamente, o julgamento sobre o chamado marco temporal para as demarcações das terras indígenas que era previsto para ocorrer na tarde desta quarta-feira, 8. A expectativa era que o relator da proposição, o ministro Edson Fachin, explanasse seu voto na sessão. Fachin até deu início na leitura, mas não entrou na pauta do marco temporal, visto que a sessão foi encerrada de forma antecipada para que os ministros iniciassem as audiências sobre as recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro acerca do não cumprimento das ações do STF. A votação deve voltar a acontecer na manhã desta quinta-feira, 9.
Novo adiamento aumenta anseio da comunidade indígena
O parecer do STF é muito aguardado pela comunidade indígena, visto que além dos diversos protestos e manifestações realizadas por todo o território brasileiro, diversos nativos estão acampados a dias em Brasília próximo ao Congresso Nacional no acampamento chamado de “Luta pela Vida”. Segundo informações da Articulação das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga), aproximadamente 4 mil mulheres indígenas devem desembarcar na capital entre o dia 7 e o dia 11 de setembro para se reunirem aos demais milhares de nativos para iniciarem a 2ª edição da Marcha das Mulheres Indígenas. O tema desta edição da marcha é: “Mulheres originárias: Reflorestando mentes para a cura da Terra”.