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Vacinação contra Covid-19
Ministério da Saúde define critérios para imunização de pessoas com comorbidades
Governo federal também incluiu gestantes e puérperas no grupo de risco
Por: Adriano Dal Chiavon
Publicado em: quarta, 28 de abril de 2021 às 17:06h
Atualizado em: quarta, 28 de abril de 2021 às 17:12h

Com a expectativa do recebimento de novas doses de imunizantes contra a Covid-19 na região entre o fim desta semana e início da próxima, aproxima-se o momento em que novos grupos prioritários, além dos idosos, poderão se vacinar. Nesse cenário, o Ministério da Saúde (MS) definiu nesta semana alguns critérios e estratégias para imunizar as pessoas que possuam alguma comorbidade, bem como incluiu entre as pessoas a receberem com prioridade as doses as gestantes e puérperas com até 45 dias após o parto. Também, houve inclusão de quem possua algumas doenças raras entre os prioritários na vacinação.

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Na primeira etapa, as definições do MS irão priorizar a aplicação de doses em pessoas de idade mais avançada e entre aqueles com maior risco de óbito. Já na segunda etapa, as pessoas serão vacinadas conforme faixas etárias, a serem definidas de acordo com a disponibilidade de doses de vacinas em cada remessa.

Doenças consideradas raras

Entre as doenças consideradas raras, estão as que causam imunossupressão, como Síndrome de Cushing, lúpus eritematoso sistêmico, imunodeficiência primária com predominância de defeitos de anticorpos, doenças que causam comprometimento pulmonar crônico, como a fibrose cística, anemia falciforme, talassemia maior e síndromes que causam deficiência intelectual, como Cornélia de Lange. Para esse público, a vacinação acontecerá seguindo a idade.

O MS não detalha datas para o início da aplicação de doses neste público, mas afirma que no decorrer de maio serão destinadas unidades aos municípios aplicarem as primeiras doses nestas pessoas. Antes disso, a priorização seguirá sendo a aplicação de primeiras e segundas doses em idosos e demais grupos prioritários

Comprovação de comorbidades

Ainda conforme o Ministério da Saúde, para comprovar que as pessoas possuem as comorbidades incluídas entre as prioritárias para receberem as vacinações, será preciso apresentar o pré-cadastro do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações ou de alguma unidade de saúde do SUS. Mas, para aqueles que não tiverem a inscrição, na hora da vacinação poderá ser apresentado um comprovante que demonstre que o paciente pertence a um dos grupos de risco, como exames, receitas, relatório médico ou prescrição médica, entre outros similares.

No caso de gestantes e puérperas, o MS orienta que a vacinação pode ser feita em qualquer idade da mãe e que o aleitamento materno não deve ser suspenso. Qualquer vacina disponível no cronograma poderá ser aplicada em gestantes ou puérperas. Já para quem possua alguma doença renal, a orientação do ministério é receber as vacinas nas clínicas de diálise, visando reduzir o número de visitas desse grupo às clínicas.

Por fim, para deficientes permanentes entre os incluídos no BPC, o MS determina que recebam o imunizante neste momento aqueles que possuam renda familiar mensal de até um quarto de salário mínimo, ou seja, de até R$ 260. Os demais poderão ser imunizados na sequência da campanha de vacinação.

Etapas para vacinação de pessoas com comorbidades e gestantes

1ª Etapa

– Pessoas com Síndrome de Down, independentemente da idade.

– Pessoas com doença renal crônica em terapia de substituição renal (diálise), independentemente da idade.

– Gestantes e puérperas com comorbidades, independentemente da idade.

– Pessoas com comorbidades de 55 a 59 anos.

– Pessoas com deficiência permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) de 55 a 59 anos.

2ª Etapa

– Pessoas com comorbidades (iniciando com aquelas de 50 anos a 54 anos e reduzindo gradativamente).

– Pessoas com deficiência permanente cadastradas no BPC (iniciando com aquelas de 50 anos a 54 anos e reduzindo gradativamente).

– Gestantes e puérperas, independentemente de condições pré-existentes (iniciando com aquelas de 50 anos a 54 anos e reduzindo gradativamente).

Fonte: O Alto Uruguai/Ministério da Saúde
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