Foi oficialmente desinterditada, ainda na segunda-feira, 9, conforme a assessoria de imprensa da empresa, a unidade da JBS/Seara em Seberi. A planta havia sofrido interdições parciais impostas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), após fiscalização realizada pela Força-Tarefa dos Frigoríficos do Rio Grande do Sul entre os dias 2 e 6 de junho.
Durante a vistoria, coordenada pelo Ministério Público do Trabalho no RS (MPT-RS), foram identificadas diversas situações de risco grave e iminente à saúde e segurança dos trabalhadores. Entre as irregularidades apontadas estavam um vazamento de amônia, subnotificações de acidentes de trabalho, problemas de ergonomia, movimentação inadequada de cargas, exposição de gestantes a ambientes ruidosos e falhas no Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).
Como resposta imediata ao vazamento de amônia, foi firmado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) emergencial entre a empresa e o MPT-RS. O acordo estabeleceu a adoção de medidas técnicas para aprimorar o sistema de detecção de vazamentos, capacitação de equipes, ajustes nos processos internos e readequação das atividades nos setores de desossa, embalagem e montagem de caixas, entre outros.
Com o cumprimento das exigências estabelecidas pelas autoridades, o MTE liberou todas as atividades anteriormente interditadas, incluindo setores de miúdos e tarefas que envolviam o manuseio de cargas em condições inadequadas.
A força-tarefa envolveu representantes do MPT-RS, MTE, CEREST Macronorte, 15ª Coordenadoria Regional de Saúde (15ª CRS), Divisão de Vigilância em Saúde do Trabalhador (DVST/CEVS) e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS (CREA-RS).
Nota da empresa
Em nota enviada por sua assessoria de comunicação, a JBS afirmou que a unidade de Seberi “passa por algumas adequações e opera em total conformidade com a legislação vigente”. A empresa também destacou que segue “rígidos padrões de segurança e qualidade em todas as suas operações” e que “colabora com qualquer fiscalização”.