A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou nesta terça-feira, 31 de agosto, a nova taxa extra nas faturas de energia elétrica, no valor de R$ 14,20 para cada 100 kWh consumidores. O valor, que será cobrado a partir desta quarta-feira, 1º, é 49,6% maior que o de R$ 9,49 da bandeira vermelha patamar 2 que estava em vigor. Devido ao aumento, em média, as faturas ficarão 6,78% mais caras, segundo a agência. A vigência da nova tarifa vai até abril de 2022. Além disso, o governo anunciou um programa para estimular os consumidores a reduzir o consumo.
De acordo com o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, o aumento é necessário, uma vez que o país está passando pela pior seca dos últimos 91 anos, o que exigiu que o sistema de geração de energia tivesse ajuda de usinas termelétricas, cujo custo de operação é bem mais alto. O Brasil também está importando energia de países vizinhos, em dólar.
– Tendo em vista o déficit de arrecadação já existente, superior a R$ 5 bilhões, e os altos custos verificados, destacadamente de geração termelétrica, foi aprovada determinação para que a Aneel implemente o patamar específico da bandeira tarifária, intitulado ‘Escassez Hídrica’, no valor de R$ 14,20 / kWh – anunciou Pepitone.
O novo reajuste da conta de luz dará um choque no orçamento das famílias, que já está impactado pela inflação em disparada de produtos como alimentos e combustíveis. Os consumidores estão tendo de cortar produtos básicos para bancar a fatura da energia. Muitos, no entanto, estão caindo na inadimplência. De acordo a Aneel, somente os cidadãos de baixa renda beneficiados pela tarifa social não serão afetados pelas novas regras da nova bandeira tarifária, sendo mantido o valor atual. Os inscritos na Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), que somam cerca de 12 milhões de consumidores, também não pagarão a nova tarifa.