Durante o 38º Carijo da Canção Gaúcha, um dos espaços que mais simbolizam a conexão entre passado, presente e futuro da cultura de Palmeira das Missões é, sem dúvida, a Casa de Cultura. Muito além de um ambiente expositivo, o local se firma como espaço de vivência, aprendizado e celebração da identidade local. Em 2025, o local foi renovado, com programação diversificada, ambientação temática e um compromisso ainda mais forte com o resgate da memória e das expressões culturais do município.
Um espaço de homenagem e preservação da memória
Desde que passou a integrar a programação oficial do Carijo, a Casa de Cultura assumiu o papel de evidenciar a riqueza cultural palmeirense. A cada edição, uma personalidade de destaque é homenageada pelo seu legado artístico ou histórico. Trata-se de uma forma simbólica de reconhecer quem ajudou a moldar o nativismo local e fortalecer os vínculos comunitários através da arte, da música e da tradição. Neste ano, o homenageado é o presidente de honra do Carijo, Celso Valduga.
Neste ano, o espaço também será palco do lançamento do livro comemorativo ao Sesquicentenário de Palmeira das Missões, publicação que reúne histórias, memórias e contribuições de autores locais sobre os 150 anos da cidade. Um momento marcante para quem valoriza o conhecimento histórico e a produção literária regional.
Integração com a comunidade escolar e artistas locais
A programação da Casa de Cultura está cuidadosamente desenhada para envolver todos os públicos — especialmente as crianças, estudantes e famílias. Entre as atrações estão apresentações artísticas de alunos da rede municipal, performances musicais, contação de histórias, atividades educativas com a Emater/RS-Ascar e peças teatrais encenadas por estudantes. Um dos destaques é a encenação da peça “Rio Macaco”, protagonizada por alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Julio Pereira.
Essas atividades não apenas geram entretenimento, mas também proporcionam experiências formativas que envolvem os estudantes em todo o processo cultural — desde a produção até a apresentação. As crianças vivenciam o palco, enfrentam a timidez e passam a se reconhecer como parte dessa grande tradição que é o Carijo.
Cultura acessível, viva e participativa
Com funcionamento entre os dias 21 e 24 de maio, a Casa de Cultura estará aberta ao público a partir das 14 horas, na quarta-feira e no sábado, e a partir das 9 horas, na quinta-feira e sexta-feira. A acessibilidade é garantida, com estrutura preparada para acolher pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, reafirmando o compromisso com a inclusão cultural.
O espaço está estrategicamente localizado ao lado do pavilhão principal do parque de exposições, integrando-se naturalmente ao fluxo do festival. A decoração resgata elementos históricos, simbólicos e tradicionais da cultura gaúcha, criando uma atmosfera que remete ao cotidiano do campo, à música, à lida e aos valores que moldam a identidade regional.
Um elo entre gerações
Mais do que um ponto de visitação, a Casa de Cultura é um elo entre gerações. Ali, crianças e idosos, artistas e educadores, escritores e visitantes se encontram para partilhar saberes, memórias e afetos. A proposta é valorizar a cultura viva, aquela que se constrói com o tempo, com as pessoas e com o sentimento de pertencimento.
A expectativa da organização é que a Casa de Cultura receba um público expressivo ao longo dos quatro dias de programação. “É um espaço para se emocionar, aprender e se reconhecer nas histórias que nos trouxeram até aqui”, destaca a equipe envolvida.
A programação oficial ocorreu na quarta-feira, 21, com a presença do homenageado, Celso Valduga, seguida de apresentação da peça teatral "Rio Macaco", da Escola Julio Pereira.
Programação da Casa de Cultura
Quinta-Feira, 22 de maio
9 horas – Produtora
10 horas – Apresentação artística EMEF Ignácio Montanha
10h30min – Apresentação EMEF
14 horas – Apresentação artística EMEI
14h30min – Produtora
15h30min – Apresentação artística EMEI
Sexta-Feira, 23 de maio
9 horas – Produtora
10 horas – Peça teatral “Rio Macaco”, EMEF Julio Pereira
10h30min – Apresentação da música “Rio Macaco”
14 horas – Emater
Sábado, 24 de maio
14 horas – Cultura – Lançamento do livro do Sesquicentenário
