O governador Eduardo Leite decretou emergência em saúde no Rio Grande do Sul nesta segunda-feira, 19, devido ao aumento expressivo de internações por problemas respiratórios, especialmente em crianças de até cinco anos. A medida, que entra em vigor nesta terça-feira ,20, foi publicada no Diário Oficial do Estado e busca garantir ações emergenciais nos municípios, como a contratação de profissionais de saúde, aquisição de insumos e a abertura de leitos com suporte ventilatório.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), 4.099 pessoas foram internadas por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) desde o início do ano. Porto Alegre também declarou situação de emergência diante da superlotação do Sistema Único de Saúde (SUS). Com o decreto estadual, municípios podem acessar recursos federais com mais facilidade e reforçar a estrutura hospitalar para atender à demanda crescente, especialmente entre o público infantil, que tem apresentado baixa adesão à vacinação contra a gripe.
A cobertura vacinal no Estado é de apenas 29,28%, com índices preocupantes entre os grupos prioritários, apenas 14% das crianças, 35% dos idosos e 17% das gestantes estão imunizados contra a influenza. Diante disso, a vacinação foi liberada para toda a população, com o objetivo de ampliar a proteção coletiva e conter o avanço do vírus. “Estamos perdendo a oportunidade de evitar internações, em especial das crianças”, alerta a secretária adjunta da Saúde, Ana Costa.