O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Cristiano Zanin, publicou na última quinta-feira, 20, uma decisão que revoga a prisão domiciliar de Edelvania Wirganowicz. A ação foi tomada após reclamações da Procuradoria de Recursos do Ministério Público do estado do Rio Grande do Sul (MPRS).
A decisão do ministro Zanin torna sem validade a decisão do juízo tomada pela 2ª Vara de Execuções Criminais da comarca, de Porto Alegre, e determina que Edelvania retorne ao regime semiaberto. A apenada havia sido condenada em 2019 a cumprir 22 anos e 10 meses de reclusão por delitos de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, no caso Bernardo Boldrini, morto em abril de 2014. Edelvania Wirganowicz cumpria o regime domiciliar com tornozeleira desde 2023, por conta da falta de vagas no sistema prisional.
Em contato com a reportagem do AU, o advogado de Edelvania Wirganowicz, Jean Severo, lamenta a revogação da prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Para o advogado, a Edelvania corre risco de vida no regime semiaberto devido a comoção do caso. “Se algo de ruim acontecer com ela (Edelvania), o culpado será o Ministério Público do estado que não se contentou somente com a condenação de Edelvania e quer impor um sofrimento ainda maior para esta mulher”, disse Jean Severo.
O advogado de Edelvania não tem informações de para qual presídio irá Edelvania, mas reforça a necessidade da detenta cumprir a pena em uma sela especial.
Relembrando o Caso
Amiga de Graciele Ugulini, madrasta do menino Bernardo, Edelvania Wirganowicz foi condenada por ajudar no crime de assassinato. A amiga de Graciele admitiu à polícia participação no crime e apontou para as autoridades o local onde estava enterrado o corpo do menino de 11, no dia 14 de abril de 2014, próximo às margens do rio Mico, em Frederico Westphalen.
Junto a Edelvania, foram condenados pela justiça o seu irmão, Evandro Wirganowicz, a e então amiga, Graciele Ugulini, além do pai de Bernardo, Leandro Boldrini.