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Coronavírus
41,9 milhões de adultos no Brasil ainda precisam da primeira dose da vacina
De 1º a 11 de agosto, foram aplicadas, em média, 903 mil primeiras doses por dia
Por: Lavínia Machado
Publicado em: sábado, 14 de agosto de 2021 às 16:32h
Atualizado em: sábado, 14 de agosto de 2021 às 16:36h

No Brasil, 41,9 milhões de brasileiros acima de 18 anos ainda não tomaram uma dose sequer da vacina. Este número representa 26,5% dos adultos no país, segundo dados atualizados até esta sexta-feira, 13, do Ministério da Saúde.
De 1º a 11 de agosto, foram aplicadas, em média, 903 mil primeiras doses por dia, se seguisse neste ritmo, o país conseguiria concluir a primeira dose dos adultos no dia 27 de setembro. Esta é a promessa que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tem feito todos os brasileiros acima de 18 anos com ao menos uma dose até o fim de setembro.

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Freire prefere não fazer previsões otimistas
O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire, prefere não fazer previsões muito otimistas. "Eu acho que setembro está muito curto o prazo. Acredito que até o fim do ano teremos toda a população de 18 anos acima pelo menos com a primeira dose. Não trabalho muito com essa projeção do final de setembro, até porque o que observamos ao longo deste ano é que todas as projeções que foram feitas sempre foram alteradas para baixo", relata Freire.
Para o ministro, há distorções entre cidades no Brasil. “Algumas avançaram mais do que outras por características demográficas. Por exemplo, locais com mais idosos, indígenas ou quilombolas vão ter uma cobertura vacinal maior, porque foram os primeiros grupos prioritários. Como nós temos um Censo do IBGE que não reflete a realidade de hoje do país, vamos ter muitos problemas referentes à questão de falta de vacinas em alguns locais", acrescenta Freire. 

O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, (SBIm) Juarez Cunha, afirma que cada local tem uma performance diferente. “Não sei se é pela rede mais organizada, pela logística. Se tivesse falta de vacinas, alguns estados não teriam um percentual mais alto de vacinados. Esse descompasso chama atenção. A distribuição das vacinas é para ser pactuada entre estados e municípios. Teoricamente, era para funcionar exatamente o que é definido lá”, ressaltou Cunha.

Fonte: Jornal O Alto Uruguai, com informações Correio do Povo
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