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Memória
Atentado de 11 de Setembro completa 23 anos
Ataque terrorista deixou rastro de destruição em Nova York, mais de três mil mortos e seis mil feridos
Por: Márcia Sarmento
Publicado em: terça, 10 de setembro de 2024 às 15:27h
Atualizado em: terça, 10 de setembro de 2024 às 15:36h

Nesta quarta-feira, 11, completam-se 23 anos do ataque terrorista aos Estados Unidos e que foi considerado um dos maiores da história moderna. Quatro aviões, no espaço aéreo dos Estados Unidos, foram sequestrados, no dia 11 de setembro de 2001, por extremistas islâmicos e jogados contra prédios-símbolo do poder americano. Os choques mais impactantes foram quando dois deles explodiram as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York.

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A autoria do atentado foi assumida pela rede terrorista Al-Qaeda, sob o comando de Osama Bin Laden, e deixou, aproximadamente, três mil mortos, além de mais de seis mil feridos. Outra aeronave comercial foi lançada ao Pentágono e deixou 184 mortos, e a última caiu na Pensilvânia, causando 44 mortes (cerca de 20 pessoas sobreviveram e foram retiradas vivas dos escombros). Todas as ações teriam durado uma hora e 46 minutos.

A origem do ódio de Bin Laden pelos Estados Unidos remonta à presença militar americana em território saudita e ao apoio dado por Washington aos grupos reacionários no Afeganistão. Esses grupos que, inicialmente, lutavam contra a invasão soviética, tornaram-se o berço de ideias conservadoras que culminaram no radicalismo islâmico da Al-Qaeda.

Segundo o relatório final da Comissão Nacional sobre os Ataques Terroristas nos Estados Unidos, divulgado três anos depois, o governo estava "despreparado" e agiu no improviso no momento do atentado terrorista. O relatório aponta que houve falha no controle da entrada dos terroristas, falta de inclusão de suspeitos terroristas em listas de proibição de voos nos EUA e ausência de alerta após prisão de um terrorista.

Consequências

As consequências dos ataques de 11 de setembro não se restringiram ao território americano. Em resposta aos atentados, os Estados Unidos lançaram uma invasão ao Afeganistão em outubro de 2001, com o objetivo de derrubar o Talibã, que havia abrigado a Al-Qaeda. Essa guerra, embora tenha atingido seu objetivo inicial, deu início a um conflito que continua a gerar instabilidade na região até hoje.

Nos Estados Unidos, as mudanças foram profundas e imediatas. A segurança nos aeroportos foi significativamente reforçada com medidas que ainda estão em vigor, como o uso de detectores de metal, revistas de bagagens e restrições de líquidos nas malas de mão. Tais medidas foram implantadas para evitar futuros ataques e minimizar riscos. 

Memória

Durante esse período, Nova York tem se dedicado a honrar a memória das vítimas e a reconstruir os marcos históricos que simbolizam a resiliência da cidade. Um desses marcos é a igreja ortodoxa de São Nicolau, destruída quando a Torre Sul do World Trade Center desabou. Originalmente fundada em 1916 pelos primeiros imigrantes gregos, a igreja foi um refúgio espiritual para muitos até ser completamente arrasada em poucos segundos naquela manhã de setembro.

O novo edifício da igreja de São Nicolau, inaugurado em dezembro de 2022, tornou-se um ícone de renascimento e esperança. Projetada por Santiago Calatrava, a nova construção oferece uma vista impressionante do World Trade Center, conectando o presente ao passado. Dentro da igreja, os murais combinam imagens bíblicas com os eventos de 11 de setembro, prestando uma profunda homenagem tanto aos heróis quanto às vítimas daquele dia fatídico.

Aberta diariamente para visitas, a igreja de São Nicolau tem atraído cerca de 400 pessoas por dia, todas buscando um momento de reflexão ou simplesmente prestando homenagem às vidas perdidas. 

Homenagens

Todos os anos, no aniversário dos ataques, cerimônias são realizadas em diversos locais para lembrar as vítimas e os heróis do 11 de setembro. No Memorial do 11 de Setembro, no sul de Manhattan, familiares das vítimas leem seus nomes, um a um, em um tributo que dura horas. Em 2023, a vice-presidente Kamala Harris e outros dignitários se juntaram à multidão para marcar o momento, enquanto um minuto de silêncio foi observado em homenagem aos que perderam suas vidas.

No Pentágono, uma cerimônia semelhante foi realizada para lembrar os 184 mortos naquele local. Na Pensilvânia, sirenes soaram para homenagear os 40 passageiros e tripulantes do voo que caiu em Shanksville. Em todas essas cerimônias, o tema da memória e da unidade nacional permanece forte.
 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai, com informações do Correio Braziliense e Mix Vale