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Memória
Desaparecimento do menino Bernardo completa 10 anos
Julgados culpados pelo crime, Leandro Boldrini e Graciele Ugolini ainda estão presos em regime fechado. Edelvânia progrediu para o semiaberto e Evandro já cumpriu sua pena
Por: Márcia Sarmento
Publicado em: quinta, 04 de abril de 2024 às 11:45h
Atualizado em: quinta, 04 de abril de 2024 às 11:49h

Uma data triste, mas que precisa ser lembrada. No dia 4 de abril de 2014, a família do menino Bernardo Boldrini, 11 anos, comunicou a Polícia Civil de Três Passos, sobre o seu desparecimento. Dez dias depois, a criança foi encontrada morta, em uma cova, no interior de Frederico Westphalen. Segundo o processo, Bernardo foi morto com uma dose do medicamento Midazolam.

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No dia 14 de abril de 2014, o pai, o médico Leandro Boldrini, e a madrasta da criança, Graciele Ugulini, foram presos preventivamente, como suspeitos do crime. A amiga de Graciele, Edelvânia Wirganovicz também foi presa por participar do assassinato. Foi ela quem contou à polícia como ocorreram os fatos. Em maio daquele ano, foi preso o irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, acusado de auxiliar na ocultação do cadáver. 

Todos foram a júri popular. O primeiro julgamento ocorreu em março de 2019, no Fórum, em Três Passos. Após cinco dias e 50 horas de julgamento, o júri decidiu pela condenação dos quatro réus. Graciele Ugulini, a madrasta, recebeu pena de 34 anos e sete meses de prisão. Leandro Boldrini, o pai, foi condenado a 33 anos e oito meses de cadeia. Edelvânia Wirganovicz, a amiga, foi condenada a 22 anos e 10 meses de prisão. Enquanto o irmão dela, Evandro Wirganovicz, foi sentenciado a nove anos e seis meses em regime semiaberto.

No dia 10 de dezembro de 2021, o 1º Grupo Criminal do Tribunal de Justiça decidiu pela anulação do julgamento de Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo. O relator do caso disse que "houve quebra da paridade de armas" na conduta do promotor de justiça durante o interrogatório do réu no júri.

Novo júri

Leandro Boldrini foi submetido a um novo julgamento no Fórum da Comarca de Três Passos. O pai de Bernardo foi condenado a 31 anos e oito meses de prisão, responsabilizado pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado e por falsidade ideológica. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver.

Dos réus, Leandro Boldrini e Graciele Ugolini ainda estão presos em regime fechado. Edelvânia cumpre pena em regime semiaberto e Evandro já cumpriu a pena.
 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai