Publicidade
Kenny Gabriel Teschiedel
“Escrever me permitiu viver outras vidas”
Por: Susi Cristo
Publicado em: quinta, 28 de março de 2024 às 16:17h
Atualizado em: quinta, 28 de março de 2024 às 16:30h

Há mais de dez anos, Kenny Teschiedel dedica-se à arte de escrever. Aos 31 anos, natural de Erval Seco, psicólogo, licenciado em Letras e com quatro pós-graduações no currículo, foi com a escrita que encontrou sua maior realização pessoal e profissional.
– Meu primeiro livro foi publicado em 2013, e chama-se “Toda Forma de Amor”. Reuni 20 contos, cujo pano de fundo era o maior, e seus encontros e desencontros, estendidos nos mais diversos contextos e cenários. Eu levo uma vida muito simples, trabalho, tenho minha casa, uma profissão, vou e volto aos mesmos lugares (alguns mais incomuns que outros), nada de tão extraordinário. É por isso que escrevo, já que meus personagens têm uma vida muito mais interessante de ser conhecida do que a minha própria – conta.

Publicidade

Paixão pelos livros
Ao todo, Kenny tem nove títulos publicados, passeando pelos mais variados gêneros –“Toda forma de amor” (2013), um livro de contos; “O Diário Secreto do Cavaleiro Mascarado” (2016), um romance de época; “A Palavra Perdida” (2019), infantil; “O Rapto dos Dias” (2019), um drama (vencedor do Prêmio Ecos da Literatura nas categorias Melhor Drama e Melhor Capa); “Estúpido Convite para Deixar de Existir” (2020), uma prosa poética; “Um Pé de Felicidade” (2021), infantil; “O Peregrino” (2022), romance policial; “A menina que engoliu o tempo” (2023), infantil” e “O Dia Mais Feliz das Nossas Vidas” (2023), que conta o relato de idosos com os quais trabalha, como orientador social.
– Costumo dizer que escrever é vital para mim. Não existiria outra possibilidade de eu existir, no mundo, sem que a escrita fizesse parte da minha trajetória. Certamente, eu seria muito infeliz se não soubesse escrever. A cada encerramento de um livro, já há outro esperando que eu conte sua história. Foi escrevendo que minha vida ganhou sentido. Ainda sonho com o dia em que a escrita me abrirá tantas portas a ponto de eu não precisar pagar para ser lido. Fazer dela minha profissão primeira – frisa. 
Para 2024, há a previsão de sua estreia com o livro de poesias, “Meu apanhado de culpas” e, atualmente, planeja um novo romance em prosa poética.

Incentivo fundamental
Vindo de uma família de origem humilde e de uma admirável retidão de caráter, Kenny diz que só por carregar essas características em seu DNA já seria suficiente para ele hoje. “Tenho a sensação de que minhas conquistas profissionais são também dos meus pais. No fundo, é uma troca justa, pois eles me apoiam e eu dou o meu máximo para que tenham o mínimo de orgulho. Destaco, também, a importância que os professores tiveram na minha trajetória, pois a eles atribuo a responsabilidade pelo que me tornei. Mas, além disso, foram eles que me apresentaram as infinitas possibilidades, que juntar as letras me proporciona até hoje. Ter sido alfabetizado foi a primeira – e talvez maior – descoberta da minha vida. E eu devo isso a eles”, destaca o escritor.
Mesmo com todo o apoio que sempre recebeu, Kenny diz que aqueles que têm um objetivo, devem ser perseverantes. “Seria hipocrisia dizer que nunca pensei em desistir. A vontade bate e, muitas vezes, eu ‘apanho’. Mas é passageiro. Nas ocasiões em que os obstáculos se interpuseram, só me mostraram que minha obstinação era maior que eles. Apesar disso, é preciso, além de ter coragem, recuar alguns passos, analisar seus acertos e fraquezas e aprender mais para retomar o caminho rumo ao objetivo”, finaliza.

Fonte: Jornal O Alto Uruguai
Vitrine do AU