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Adriane Zanatta
Farmacêutica por formação e agricultora por amor!
Filha de agricultores, Adriane viu nos pais o orgulho que tinham pela atividade, por isso o seu sonho era dar continuidade ao que ela sempre teve como motivação
Por: Suseli Cristo
Publicado em: terça, 27 de julho de 2021 às 10:24h
Atualizado em: terça, 27 de julho de 2021 às 10:31h

O amor ao trabalho no meio rural é a definição que produtores expressam diariamente, mas de uma forma especial no 25 de julho, quando se comemora o Dia do Colono e Motorista. Não é raro ouvirmos histórias de pessoas como a Adriane Zanatta, moradora de Vista Alegre, que se formou em Farmácia/Análises Clínicas, trabalhou por 13 anos como farmacêutica hospitalar, sua paixão profissional, mas nunca deixou de lado uma outra paixão: o trabalho no campo. 
Filha de agricultores, Adriane viu nos pais, Arli Luiz Zanatta (in memoriam) e Cleci Maria Balestrin Zanatta, o orgulho que tinham pela atividade, por isso o seu sonho era dar continuidade ao que ela sempre teve como motivação. “Sempre gostei da agricultura, a base de toda a minha família foi a área rural. Meu pai foi empreendedor na agricultura, sempre liderou movimentos voltados ao incentivo e direitos ao produtor rural. Ele faleceu aos 41 anos, na época eu tinha nove anos, os irmãos dele então tocaram a área de grãos, a suinocultura tivemos que parar, e minha mãe seguiu com a bovinocultura de leite até eu e minha irmã Anne, que também é farmacêutica bioquímica, nos formarmos. Hoje, apesar da nossa formação e atuação na atividade farmacêutica, nós duas seguimos no setor agrícola”, conta Adriane.  

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Inspiração
Cada vez mais, as mulheres estão ocupando áreas do agronegócio. A referência do meio rural serviu de base para que Adriane amadurecesse a ideia de trilhar o mesmo caminho. Apesar de saber de todos os desafios, principalmente por ser mulher, a inspiração dos pais falou mais alto. “Sempre existe espaço para pessoas que querem trabalhar, empreender e diversificar a atividade, e na área rural não é diferente, pois as mulheres também têm condições de aprender e empreender no setor. Os agricultores estão sendo valorizados cada vez mais, somos nós quem produzimos os alimentos, que acreditamos, que persistimos e insistimos, pois a agricultura também depende de vários fatores, muitas vezes, alheios à vontade do clima, valorização e dificuldades encontradas na produção, como doenças e pragas”, frisa.
Uma profissional dedicada em tudo ao que se propõe fazer, Adriane cada vez mais tem certeza de que fez as escolhas certas, e o mesmo orgulho que seu pai tinha do trabalho, hoje ela tenta transmitir para a filha Isabel, de três anos.
– Sempre estou tentando aprender mais, seja na minha profissão de farmacêutica como na agricultura. Sou realizada nas duas atividades. O meu pai sempre queria nos ensinar a trabalhar com afinco, zelo, dedicação e amor. A nossa mãe nunca nos influenciou na escolha do curso, mas nos dizia para pensar com carinho. Assim também foi quando decidi assumir os negócios na área rural, cabia somente a mim decidir, e tenho a convicção de que fiz as escolhas certas. Tudo o que aprendi com os meus pais e o incentivo que deram a minha irmã e a mim, também quero passar para a minha filha, mas a decisão do caminho a seguir será dela. Desde sempre, nossos pais nos ensinaram que o sucesso não é o quanto tem em sua conta bancária, mas acordar todos os dias com amor e gratidão pelo que faz – destaca Adriane.

No amor e nos negócios 
Para que conseguisse dar prosseguimento ao seu sonho de voltar a trabalhar no agronegócio, Adriane tem ao seu lado o esposo Giscard dos Santos, que além e agricultor é técnico em agropecuária e administrador. Juntos, eles tomam conta de em média 50 hectares de terra, onde parte dessa área destinam ao plantio de soja, trigo, milho e aveia, e a outra para as pastagens e criação de gado de corte.
– Hoje, tenho ao meu lado um parceiro nos negócios. Estamos cuidando da plantação há 15 anos. Sempre gostei da agricultura e quando me formei não via essa possibilidade, então com o passar dos anos surgiu a ideia de retornar à atividade agrícola e conciliar a minha profissão e a agricultura. Meu esposo retornou a residir em Vista Alegre, pois sempre atuou como técnico agrícola em empresas como a Seara e a Sadia, então juntos decidimos investir no agro. Começamos a adquirir equipamentos e nos aperfeiçoar na atividade. Giscard e eu tomamos as decisões juntos, e isso é fundamental para que possamos seguir com esse nosso projeto. Pretendo investir ainda mais no agronegócio, aumentando a quantidade de área, sempre se qualificando e adquirindo novas tecnologias para melhorar e aprimorar cada vez mais a produção. Se o meu pai estivesse aqui, sem dúvidas, estaria feliz pelo caminho que minha irmã e eu seguimos. Como não é possível, fizemos tudo motivadas pelo seu legado. Filha de agricultores e agricultoras com orgulho! – finaliza Adriane.  

Fonte: Jornal O Alto Uruguai
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