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Operação Rebote
Ex-presidente do Internacional é condenado por crimes durante gestão
Vitório Piffero e Pedro Antônio Affatato receberam penas de mais de 10 anos
Por: Conrado Araujo
Publicado em: terça, 05 de março de 2024 às 17:08h
Atualizado em: terça, 05 de março de 2024 às 17:15h

Vitório Piffero, ex-presidente do Internacional, foi condenado nesta segunda-feira, 4, a 10 anos e seis meses de prisão em regime inicialmente fechado, por organização criminosa e estelionato envolvendo as contas do colorado. Além dele, o ex-vice-presidente de finanças, Pedro Antônio Affatato, também foi condenado pelos mesmos crimes, além de lavagem de dinheiro. A sentença é de 19 anos e oito meses de prisão, em regime inicialmente semiaberto. Além das sentenças, Piffero terá que pagar 400 salários mínimos, enquanto Affatato ficará responsável pelo pagamento de 700 salários mínimos.
Além deles, outros três envolvidos foram sentenciados. Carlos Eduardo Marques, que era ligado à vice-presidência de patrimônio, foi condenado a seis anos e 10 meses. Ricardo Bohrer Simões e Adão Silmar de Fraga Feijó, empresários da construção civil, receberam a pena de oito anos e oito meses. Conforme a investigação, eles teriam recebido R$ 12,8 milhões.
De acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Sul, os desvios somam R$ 12.885.179,26. Além de Piffero e Affatato, foram condenados ainda três empresários dos ramos de construção civil e contabilidade, que, de acordo com a sentença, participaram da organização criminosa e do esquema de lavagem de dinheiro. 

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Entenda o caso
As investigações sobre as suspeitas de irregularidades no Internacional começaram em 2017, no ano seguinte ao rebaixamento do clube para a Série B. Em abril daquele ano, o Conselho Fiscal do clube emitiu parecer recomendando ao Conselho Deliberativo a reprovação das contas da gestão Piffero. Nessa situação o conselho do clube resolveu reprovar as contas da gestão. O presidente do Conselho Fiscal Geraldo Costa da Camino pediu abertura de sindicância para apurar "graves falhas de controles internos" apontadas por uma auditoria externa contratada pelo clube. 
Em setembro de 2017, um relatório sobre as finanças do Inter detectou uma "inconsistência" de R$ 9 milhões em contratos não realizados com cinco empresas do ramo de construção civil. O documento apontava o pagamento suspeitos para obras que não haviam sido realizadas. 
 

Fonte: Jornal Alto Uruguai com informações ESPN, GZH
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