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Paulo Cesar Tinga
“Se sorte existe, ela encontra quem chama a atenção dela trabalhando”
Empresário, escritor e empreendedor conta um pouco da sua trajetória após construir uma história de sucesso fora dos campos
Por: Marcia Sarmento
Publicado em: quarta, 17 de janeiro de 2024 às 11:17h
Atualizado em: quarta, 17 de janeiro de 2024 às 11:21h

Simpático, atencioso e extremamente calmo, Paulo Cesar Tinga é uma celebridade que lida muito bem com a fama e as tietagens de seus fãs. Com uma carreira brilhante nos campos, especialmente atuando pela dupla gre-nal, o ex-atleta, que deixou os gramados há nove anos, agora brilha nos palcos com palestras motivadoras sobre empreendedorismo, mostrando que as adversidades são necessárias para quem pretende fazer a diferença neste mundo.
No mês de dezembro, Tinga esteve em Frederico Westphalen para divulgar o seu livro “Chamando a atenção da sorte”, lançado pela Editora Vitrola, no mês de outubro. Também realizou a palestra “Gestão Além da Planilha”, lotando o salão de atos da URI/FW, com renda totalmente revertida ao Promenor, entidade que visitou durante sua agenda no município. Aliás, ser um exemplo para as crianças é algo que orgulha e, ao mesmo tempo, até preocupa o ex-jogador.
– Somos humanos, cheios de defeitos, e a cada dia tentando ser um pouco melhor. E ninguém é tão ruim que não tenha feito nada de bom. Graças a Deus, vejo que meus feitos têm inspirado as pessoas, então, as qualidades têm superado os defeitos. Para mim, saber que os pais estão querendo compartilhar o meu livro com seus filhos é algo muito importante e sério. Hoje, quantas informações temos coragem e segurança de mostrar para nossos filhos? Ainda mais algo que foi elaborado para os adultos? Então, esse é um grande prêmio para mim – garante Tinga.

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De jogador a empreendedor
Sócio de uma empresa do segmento de turismo, Tinga conta que a vontade de empreender surgiu como surge para grande parte das pessoas. “A maioria dos empreendedores no mundo acaba empreendendo baseada em uma necessidade, e para mim foi a mesma coisa. Só ocorreu um pouco mais tarde, depois de jogar futebol e parar de jogar. Naturalmente, eu tinha que fazer alguma coisa, até porque tinha medo da aposentadoria e de como seria o meu futuro na sociedade”, conta.
A partir dessa nova fase, o empresário saiu do mundo específico do futebol e foi ampliando seus horizontes, conhecimento, contatos e oportunidades. “Não foi nada fácil, porque eu só sabia jogar futebol e, de repente, estava começando a escutar sobre outros temas, mergulhar em outro mundo. E desde então, a cada dia, venho tentando aprender coisas novas, me conectando com diversos temas, saindo da bolha que sempre vivi, que foi o futebol, e creio que foi isso que me trouxe aonde estou hoje”, avalia Tinga.


Frio na barriga
Com atuação em outras frentes no ramo dos negócios, contar aos quatro cantos do país como superou as dificuldades de menino humilde até a atualidade, tem sido outro compromisso de Tinga por meio de palestras, como a realizada em Frederico Westphalen. Tinga revela que mesmo após vários eventos, ainda é arrebatado pela emoção de falar para tantas pessoas. 
– Falar em público é o segundo maior medo das pessoas que sobem ao palco. É tenso, um desafio, dá frio na barriga. E se isso não ocorre, é sinal que está na hora de parar, porque isso não está mais fazendo a diferença na sua vida. Pensar que eu tinha somente até a quinta séria até nove anos, e saber que as pessoas têm compreendido a mensagem de que, independentemente da idade, é possível se transformar, tem sido muito gratificante – reforça.
Hoje, entre suas formações, estão Professional e Self Coaching (IBC), Gestão Técnica (UFSP), Gestão Esportiva (CBF), Formação em Programação Neurolinguística, Inteligência Emocional (FEBRACIS Método Cis).


A escolha da editora
O surgimento do livro foi algo que ocorreu aos poucos, nada muito planejado por Tinga. “Eu comecei umas três ou quatro vezes a escrever o livro, e sempre parava no meio do caminho. Não era algo que me chamava muita a atenção, porque não era apenas escrever um livro. Eu queria deixar um legado”, relembra. 
E nessas tentativas, Tinga conheceu o trabalho da Vitrola, como distribuidora, que leva o livro em locais diferentes, como restaurantes, lojas de conveniência, farmácias. E esse diferencial o motivou a escolher a Editora Vitrola para finalmente lançar sua obra. “Eu queria algo diferente quanto à venda do livro, distribuição, algo fora da caixa, que é uma das características presentes no empreendedorismo. Conheci a Vitrola por meio de uma amiga, comecei a pesquisar e descobri que essa empresa de Frederico Westphalen fazia diferente. A Vitrola se reinventou de uma maneira simples, como eu acredito que tem que ser, e foi assim que se deu essa parceria”.


Chamando a atenção da sorte
O nome do livro surgiu, justamente, da interação de Tinga com o público. “Há cerca de cinco anos me perguntaram, durante uma palestra, se eu acreditava na existência da sorte. Eu respondi que não acreditava e nem desacreditava, mas que se ela existe, é muito inteligente, porque sempre encontra quem acorda cedo e dorme tarde, quem se reinventa, quem tem fé, quem cai e vai de novo. Então, concluí que se sorte existe, conseguimos chamar a atenção dela trabalhando”.
E foi assim que o livro ganhou o nome “Chamando a atenção da sorte”. “Eu não imaginava que esse nome, que depois virou uma hashtag, iria crescer tanto. O cara que tinha só até a quinta série, hoje é considerado um escritor. A minha maior realização tem sido a resposta dos adultos sobre o meu livro, que têm confiança em utilizar esse exemplo para seus filhos”, finaliza Tinga.
 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai
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