Fundado em 20 de novembro de 1943, o Esporte Clube Itapagé, de Frederico Westphalen, está prestes a completar os seus 80 anos. Um clube dessa grandeza teve sua história construída por muitos personagens, dentre eles, pessoas que ao longo da vida se apaixonaram pelas cores vermelho e branco do Itapagé.
Um legado para o futuro
Nildo Antônio Calegari, 73 anos, é natural de Castelinho, e começou sua trajetória no Esporte Clube Itapagé de uma maneira ao menos inusitada, fundando a escolinha de futebol que seus próprios filhos, Renato e Rafael, jogaram na infância. Desde então, mantém uma relação estreita com o Clube Itapagé, sendo presidente por duas vezes, vice-presidente, secretário, presidente da escolinha de futebol, foram tantos cargos que ele mesmo admite não lembrar de todos. Atualmente, é membro do conselho deliberativo do clube.
O mais curioso é que apesar de ter fundado a escolinha, Calegari nunca jogou futebol e revelou não ter muita aptidão para o esporte, mas isso não foi uma barreira para ele ter participação ativa no clube e, logo no seu primeiro ano de mandato, em 1993, foi encarregado de organizar a festa do cinquentenário do Itapagé. Naquela ocasião, O Alto Uruguai também fez uma série de matérias resgatando a história do clube.
Ao falarmos sobre os feitos de sua gestão, Calegari afirma que a finalização do restaurante foi um ponto alto. “Era muito importante ter um espaço mais confortável no clube para que todo mundo pudesse se reunir e que pudéssemos realizar eventos”, disse.
Ele diz que se sente muito feliz por ter contribuído com o crescimento e manutenção do clube. “Muita gratidão e alegria por ter feito parte dessa história, de ter continuado naquele grupo e ter feito muitos amigos, inclusive hoje, que encontramos um pessoal mais novo que está engajado com o clube”, ele ainda revelou que espera que as novas gerações mantenham a tradição do clube e seu legado para a comunidade frederiquense.
Gelson Cerutti, 61 anos, foi atacante e goleador, como ele mesmo revela, jogando na equipe de juniores do Itapagé, consagrando-se como artilheiro da equipe em 1987. Ele é filho de Genuíno Cerutti, uma pessoa que deu a vida em prol do Itapagé e participou da nossa primeira reportagem especial. A tradição no futebol foi passada de pai para filho e mesmo que Gelson reside atualmente em Maceió, capital de Alagoas, ainda nutre o sentimento de ser Itapagé.
Quando perguntado sobre os tempos de jogador, ele lembra com muito carinho do tempo que viveu no Itapagé. “É indescritível, pois remete a uma época dos anos 1980, em que o clube era muito próximo da comunidade, em que nós jogávamos por amor à camisa, o título era só um detalhe”, comenta.
Gelson revela que os jogadores do Itapagé tinham uma conexão muito forte com a comunidade, eram recebidos sempre de maneira calorosa e afirma que esse laço ainda está presente na memória dos frederiquenses. “Até hoje, quando volto na cidade para visitar meus pais, sou abordado quanto ando pela rua, lembrado pela época em que jogava no glorioso Itapagé”, conta.
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