De acordo com um cronograma anunciado nesta semana, pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), o novo ensino médio, com reformulação na base curricular, será implementado nas escolas de todo o país a partir de 2022. Inicialmente, as mudanças serão para o primeiro ano, mas a previsão é de que até em 2024 os três anos passem pelas adaptações.
A reforma no modelo tradicional prevê a escolha de disciplinas pelos alunos e foi anunciada ainda em 2017. Com a mudança, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será atualizado de acordo com as novas diretrizes da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), isso porque o exame é a principal forma de ingresso dos estudantes nas instituições de ensino superior.
O que muda com a reformulação
O novo ensino médio prevê a mudança de ensino regular para ensino integral, o que resulta no aumento da carga horária das aulas, mudando de 800 para mil horas anuais. Ainda, a meta final do MEC é chegar a 1,4 mil horas. A nova base curricular viabiliza também uma maior flexibilidade para os estudantes, que poderão escolher diferentes áreas para estudo, de acordo com suas preferências.
O currículo deve ser 60% preenchido pelas disciplinas ofertadas pela BNCC e os 40% restantes serão destinados aos chamados itinerários formativos, nos quais o estudante poderá escolher as disciplinas de sua preferência entre as cinco áreas de estudo que compõem o currículo escolar. Assim, será possível escolher as áreas que querem aprofundar conhecimento e, eventualmente, seguir carreira.
As escolas não serão obrigadas a oferecer todas as cinco áreas, mas deverão disponibilizar ao menos um dos itinerários formativos. No conteúdo optativo, o aluno poderá se concentrar em uma das áreas – Linguagens e suas tecnologias; Matemática e suas tecnologias; Ciências da natureza e suas tecnologias; Ciências humanas e sociais aplicadas, ou formação técnica e profissional.
As instituições de ensino deverão encaminhar ao MEC os referenciais curriculares seguindo a BNCC, até fevereiro de 2022.