As maiores vendas do varejo
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quarta, 01 de setembro de 2021

Grande parte dos players do comércio de bens duráveis e de consumo se prepara para seu melhor período do ano, que promete ser um dos melhores dos últimos anos. O fim do ano, as festas, o ingresso do 13º salário, arrumar a casa para o Natal, perspectivas de visitas, férias, verão... É um conjunto imbatível para animar a maioria das pessoas para as compras. 
A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE) mostra crescimento das vendas de bens de consumo e bens duráveis ao longo de 2021, em nove dos 10 setores analisados. Os destaques positivos desde o início do ano têm sido os segmentos de “tecidos, vestuário e calçados”, “combustíveis e lubrificantes” e “outros artigos de uso pessoal e doméstico”. Diversos outros institutos e organizações que estudam o setor entendem que as vendas no varejo continuaram aumentando ao longo do 2º semestre, respaldadas pelos avanços na campanha de vacinação contra a Covid-19. 
Mais condições de biossegurança provocam outra alteração importante na circulação de dinheiro. Se no início da pandemia, com muita insegurança e muitas informações desencontradas o dinheiro foi para aplicações financeiras conservadoras e depois, com um melhor entendimento e maior convívio nas casas, os recursos foram investidos em melhorias para a infraestrutura das moradias, mobiliário, comida e bebida, a partir de agora o dinheiro volta a cada dia a ser mais disputado com os setores que mais tiveram retração durante a pandemia, ou seja, passeios curtos, viagens um pouco mais longas com hospedagem, além de maior frequência em restaurantes, cinemas, ambientes de cuidados pessoais e tratamentos não eletivos. Resumindo, o consumo das famílias volta a ser mais distribuído entre bens e serviços.
As vendas do varejo estão projetadas para fechar o ano com crescimento de 8,2% em 2021, segundo o IBGE, recuperando com folga a queda de 1,5% em 2020. A recuperação robusta do setor a partir do 2º trimestre contribuirá de forma relevante para o crescimento do PIB Brasileiro este ano, projetado em 5,2%, previsto em análises de órgãos nacionais e internacionais.
Para quem está no varejo de bens e serviços, é hora de focar nos preparativos que vão desde o reforço e a organização dos estoques, melhorias de processos para reduzir filas e atender rápido pelos meios digitais, melhorar o atendimento para não perder o contato captado, para a concorrência mais ágil. Seleção de pessoal, calendários de decoração, de exposição interna, de vitrine física e de exposição externa quando for o caso, bem como para sites e perfis, devem ser planejados com antecedência.
Tudo alinhado com os fornecedores? Como está a sinalização para localizar do ponto de venda físico? A pintura da fachada e acabamentos estão com boa qualidade e são atrativos para o público desejado? Analise também a vitrine e a exposição interna e verificando se a iluminação é adequada ao longo do dia e também à noite. Lembre-se que nas noites de verão aumenta significativamente o número de pessoas que passeiam, caminham pelas ruas e calçadas e por isso fachada, vitrine e organização interna da loja representam o maior e melhor outdoor que você pode ter.
O ponto de vendas digital está em boas condições de competir com os demais? As imagens dos produtos estão adequadas, mostrando-os em cenários de utilização? A comunicação visual física ou digital das seções de mercadorias e dos preços estão auxiliando no estímulo para a compra? É preciso lembrar toda a equipe que os ambientes de vendas, físicos e digitais precisam ser vendedores silenciosos e quem faz isso bem, sabe que são muito eficientes. 
As perspectivas são muito boas, mas só vão transformar em resultados positivos, aqueles que se prepararem. 
Um abraço e até a semana que vem!
 

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