Com Deus não se Brinca!
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sexta, 17 de janeiro de 2025

As redes sociais derramaram um palete de notícias e comentários sobre o jogo do Clube Atlético Paranaense contra o Clube Atlético Mineiro pelo Brasileirão, no estádio paranaense. Não descobri o autor da maldita ideia, mas a verdade é que ela foi compartilhada por toda a Diretoria e pelos Atletas do Clube do Paraná: Foi oficializado um pacto satânico com o Demônio para se conseguir a vitória sobre o adversário. O acordo foi sacramentado com um aperto de mão ensanguentado, cujo sangue daria credibilidade ao ato. Símbolos ocultos foram usados, além de cenas impublicáveis, como a oferta de suas vidas ao Maligno, em troca da vitória esportiva no campo de futebol. Este o fato lamentável ocorrido no vizinho Estado.

 

A religião nos ensina que Deus é o autor de tudo e de todos, que governa e rege o orbe inteiro de acordo com sua vontade. Um sacerdote assim rezava: “Deus faz o que quer. Que eu queira o que Ele faz”. Em outras palavras, é o artigo do Pai Nosso: “Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no Céu”. Mas vamos admitir que muitas pessoas não acreditam em Deus, são materialistas, com a morte tudo acaba. Só que, se não acreditam em Deus, como acreditam no Diabo? Então, vem a cruel pergunta: Como é que os dirigentes e atletas do Clube Paranaense foram apelar para o Demônio, pedindo seu auxílio e voltando as costas para Deus? Mal comparando, seria como um cidadão que quer asfalto na sua rua, convida o gari para um almoço na sua casa e esquece o Prefeito, que é a autoridade que pode determinar a obra!!!

 

O Diabo existe, sim, e a Bíblia fala centenas de vezes. “Ele é pecador desde o princípio e denominado o pai da mentira” (1Jo 3,8). Como não existe arrependimento para Ele, após a queda, no Paraíso, o seu agir é conseguir desviar para o seu reino infernal o maior número possível de seguidores. Após o primeiro pecado no Éden, uma invasão de pecado inunda o mundo. O homem agora é submetido ao sofrimento e ao império da morte, além da inclinação para o mal denominada concupiscência. Esta situação dramática é explicitada por João (1 – 5,19) quando afirma “que o mundo inteiro está sob o poder do Maligno”.  São Paulo escreveu: “Não faço o Bem que quero, e sim o Mal que não quero”. Castro Alves, o maior poeta de Literatura nacional, exclamou: “Vi o Bem, aprovei-o, e segui o Mal”.

 

Deus que é pai, jamais permitirá aos seus filhos cair na desgraça, embora nem sempre conheçamos seus desígnios. Contam a estória de um rei pagão que, indo à caça,  foi atacado por um leão que lhe comeu um dedo. Seu servo vivia catequizando o rei com a frase “Deus nunca erra”. O rei reclamou que Deus permitira a perda do dedo. Outro dia, voltando à caça, foi o rei feito prisioneiro por selvagens que o iriam assar vivo, como sacrifício aos seus deuses. O sacerdote mandou descartar a vítima, porque era indigna e imperfeita, pois lhe faltava um dedo da mão...

 

Tomás de Aquino afirma: “Deus nunca permite um mal, se dele não extrair um bem”. Deus é pai, sim, mas não é palhaço. Se os filhos o desrespeitam, fazem chacota e ainda apelam para Satanás, vão querer que Deus passe a mão na cabecinha?... O que aconteceu ao Atlético Paranaense? Perdeu o jogo, caiu fora da Série A do Brasileirão e foi rebaixado para a Série B... Vade retro, Satana! Vá para o inferno, Demônio!.

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