Faço aniversário em abril, mas confesso que não sou lá muuuito fã desta data. Não é que eu não goste, apenas não sou chegado. Falando nisso, tenho uma colega que gosta tanto do aniversário dela que um mês antes já começa a criar uma espécie de evento, coisa assim. E “ai” de quem ousar a esquecer da data ou não parabenizá-la.

Aniversário é um dia estranho, sei lá. Nunca gostei de me sentir no centro das atenções, nunca fui disso. E na nossa data parece isso. A parte boa é receber mensagens de muita gente, dá uma sensação de dever cumprido quanto aos dias que antecederam tudo isso, de que a gente faz a coisa pelo correto. Isso é legal, admito.

A parte que se perdeu foi o abraço, o teti-a-teti. Não é que o abraço não exista mais, mas antigamente eles aconteciam em maiores quantidades. A gente corria menos dentro desse mundo louco e tinha mais tempo para abraçar. E ninguém tem culpa, o mundo mudou e a gente é apenas um caroneiro.

As 24 horas de 30 anos atrás são as mesmas de hoje, mas a velocidade das coisas impede que muita gente esteja em casa às 18 horas para tomar um mate como era lá atrás. Para você ter uma ideia, até a novela das oito hoje se tornou a novela das nove.

E assim seguimos. A vida vai se moldando diariamente e a gente vai se adaptando ao que o mundo vai nos apresentando. E quando você vê é Carnaval, depois a Páscoa, vem a entrega da declaração de imposto de renda, o inverno e quando menos se nota chega mais uma virada de ano. Paciência, é o que temos. Mas que dá saudade daquele pão caseiro quentinho com chimia, isso dá...

JOGO RÁPIDO

• O Grêmio perde na estreia da Libertadores e no jogo seguinte entra com time misto. O que aconteceu? Derrota por 2x0, placar que por sinal saiu barato. Detalhe nem tão detalhe assim: próxima partida será contra o Estudiantes, fora de casa. Se alguém entendeu esse planejamento (ou talvez essa soberba), me explique.

• Da parte do Inter, mais um fiasco. Empatar em casa contra um time que se profissionalizou a menos de cinco anos é no mínimo acreditar que o psicológico da turma anda lá pelos garrões. Acho, inclusive, que a competição mais possível de vencer é a Sul-Americana. E um clube que nada ganha há anos se dá ao luxo de não superar uma espécie de gurizadinha da segunda série.

• Neste sábado começa mais uma Divisão de Acesso. E o União Frederiquense estreia em casa, às 19 horas, contra o Brasil de Farroupilha. Nos vemos na Arena, pessoal.

• Ainda quanto a esse jogo (e nos próximos em casa), o União estará colocando ônibus de forma gratuita, o qual passará pelos bairros para transportar torcedores até a Arena. Uma excelente ideia de socialização que prova mais uma vez que o Leão voltou para a comunidade. De verdade.