Como as marcas estão presentes em nossas vidas
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terça, 11 de abril de 2023

O conhecimento me instiga, gosto muito de aprender. Analisar uma informação por vários ângulos e tentar entender as narrativas por detrás das diferentes opiniões. Talvez seja por isso que eu ame trabalhar com pesquisa, pois cada projeto traz consigo desafios e grandes aprendizados.
    O IPO – Instituto Pesquisas de Opinião coordenou recentemente a execução da pesquisa Marcas de Quem Decide, um estudo realizado para o Jornal do Comércio com foco nas lideranças do RS e que avaliou a reputação das marcas, através de dois indicadores: lembrança, que está associada à popularidade de marca e preferência, que está alicerçada na relação que as marcas estabelecem com seus públicos, na experiência e na jornada oferecida por estas marcas. 
    Pode parecer simples perguntar a marca mais lembrada e a marca preferida, mas se pensarmos na infinidade de produtos que utilizamos em um único dia, quantas marcas fazem parte da nossa realidade? Quantas marcas estão na nossa mente e quantas estão no nosso coração?
    Imagine você respondendo a marca de água mais lembrada e preferida, depois a mesma lógica para sucos, refrigerantes, bolachas, erva-mate, farinhas, balas, chocolates e assim por diante. 
    Deitamos e acordamos rodeados por produtos que tem nome e sobrenome, tem marca! Você sabe qual a marca do seu travesseiro? Do seu lençol ou do colchão? Indo para banheiro, a marca do conjunto sanitário? A pasta de dente fica mais fácil de responder pois a marca está visível e, como tem sabor, a resposta da preferência está na ponta da língua. E se formos pensar nas marcas dos produtos envolvidos no banho ou presentes no guarda roupa, isso já daria horas de avaliação. E até aqui nem pensamos nas marcas que nos acompanham na cozinha, no café da manhã, na saída para o trabalho, nas ruas e assim por diante.
    Este pequeno exercício mental nos mostra que uma pesquisa sobre as marcas que fazem a nossa realidade não é nada simples, tanto para quem aplica como para quem responde. Quando falamos de forma racional sobre a marca de um produto, vem logo à nossa cabeça a relação comercial que está por trás de cada marca: matéria-prima, custo, trabalho, pessoas, logística, lucro, etc.
    Agora, quando um entrevistado fala sobre as marcas que compõem a sua realidade, há uma conexão emocional, que envolve muitos sentimentos e que lhe confere certa identidade, um estilo de vida.
    Na jornada de pesquisa percebemos que algumas marcas trazem consigo uma conexão afetiva com o entrevistado. Fazem parte de sua história, estão sempre presentes nos momentos festivos ou lhe trazem prazer.
    Também têm marcas que estão associadas à segurança e à proteção. O entrevistado percebe que necessita da marca para manutenção do seu bem-estar. 
E, como não podia faltar, têm as marcas que se destacam na lembrança por status, pelo modismo, pelo reconhecimento social que trazem consigo.  Como diriam os profissionais de marketing, são aquelas marcas que ocupam um espaço privilegiado na mente dos consumidores em respostas às estratégias mercadológicas e ao efeito da publicidade. 
    Diante de todo esse contexto, o “ponto de inflexão” deste debate diz respeito ao quanto a humanidade faz as marcas ou o quanto as marcas fazem a humanidade?


 

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